A ativista Aysenur Ezgi Eygi, de 26 anos, estava em protesto na Cisjordânia quando foi baleada; confira a declaração de Israel
Gustavo Calmon, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 10/09/2024, às 18h40
Na última terça-feira, 10, as Forças de Defesa de Israel alegaram que o tiro que matou Aysenur Ezgi Eygi, uma ativista americana, partiu “provavelmente” de militares israelenses, no território palestino da Cisjordânia.
Para o secretário americano, Antony Blinken, o episódio em questão é “inaceitável”, mesmo que tenha sido dito pelos militares israelenses que foi uma ação “não intencional”.
"As forças de segurança israelenses precisam fazer algumas mudanças fundamentais na maneira como operam na Cisjordânia", disse Blinken durante pronunciamento em Londres.
A ativista, Eygi, era voluntária do Fazaa, um projeto social que apoia e protege agricultores palestinos de violações de direitos. A morte de Eygi ocorreu na última sexta, 6, durante protestos.
Os protestos ocorrem semanalmente, toda sexta-feira, após as orações, pedindo pela remoção do assentamento israelense de Avitar, no pico do Monte Sbeih, já que os moradores de Beita veem como uma violação de seus direitos à terra.
A área de Cisjordânia é um dos territórios palestinos e fica localizado entre Israel e a Jordânia. Também como a Faixa de Gaza, é reivindicado pelos palestinos para a criação de um Estado Independente.
A Cisjordânia, conta com um governo de Autoridade Nacional Palestina e um controle militar feito por Israel. Isso a difere da Faixa de Gaza, que está sob controle do Hamas.
Em 28 de agosto, Israel iniciou uma ofensiva forte na região norte da Cisjordânia. Até então, foram relatadas mais de 30 mortes de palestinos durante essa intervenção, incluindo crianças.
Já na última quinta-feira, 5, bombardeios mataram pelo menos seis palestinos e deixaram três feridos.
