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Notícias / Mundo

Morte de ativista turco-americana na Cisjordânia aumenta pressão sobre Israel

Estados Unidos criticam ação militar e exigem mudanças no tratamento de manifestantes no território da Palestina

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Éric Moreira Publicado em 10/09/2024, às 18h30

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Protesto na Cisjordânia - Getty Images
Protesto na Cisjordânia - Getty Images

A morte da ativista turco-americana Aysenur Ezgi Eygi, de 26 anos, durante um protesto na Cisjordânia, desencadeou fortes reações internacionais, com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, classificando o incidente como "injustificável".

Eygi foi atingida por um tiro na cabeça enquanto protestava contra assentamentos judaicos próximos à cidade de Nablus, aumentando a pressão sobre Israel para revisar suas operações no território palestino.

Blinken enfatizou que os Estados Unidos irão exigir mudanças fundamentais nas ações das forças israelenses na Cisjordânia, ressaltando que "ninguém deveria ser baleado por expressar suas opiniões". A morte da ativista ocorre em um contexto de crescente tensão entre manifestantes palestinos e as forças de segurança israelenses, que frequentemente respondem a protestos com violência.

O Exército israelense reconheceu a "alta probabilidade" de que Eygi tenha sido atingida por tiros de suas forças, embora alega que o disparo foi "indireto" e não tinha como alvo a ativista. As autoridades militares disseram que pediram permissão para realizar uma autópsia no corpo da jovem.

Investigação

Enquanto isso, organizações como o Movimento de Solidariedade Internacional e o Escritório de Direitos Humanos da ONU condenaram o ocorrido, descrevendo a morte da turco-amricana como resultado de um "tiro na cabeça", com testemunhas e familiares corroborando a versão. O incidente segue sendo investigado, com o governo americano pedindo uma "investigação rápida e transparente" sobre as circunstâncias da morte.

Blinken também destacou que esta é a segunda morte de um cidadão americano "pelas mãos das forças de segurança israelenses" em um curto período, fazendo referência ao comerciante palestino-americano Omar Assad, que morreu após ser detido por militares israelenses.

Segundo 'O Globo', o secretário deixou claro que os EUA não planejam sanções diretas contra Israel, mas ressaltou que essas ações são "inaceitáveis" e que mudanças são necessárias.