Monumento piramidal misteriosa de 2.200 anos foi descoberto no Deserto da Judeia, e pode remodelar compreensão da história da região
Publicado em 26/03/2025, às 12h09
Uma escavação arqueológica recente realizada no Deserto da Judeia chamou atenção ao desenterrar um impressionante e gigantesco monumento piramidal de 2.200 anos. Datado do período helenístico, o local já foi palco de uma série de descobertas importantes sobre o passado da região.
A escavação vem sendo liderada pela Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA), em colaboração com o Ministério do Patrimônio. A estrutura piramidal foi encontrada ao norte de Nahal Zohar, onde já foram encontrados, anteriormente, rolos de papiro em grego, moedas de bronze, armas, utensílios domésticos e tecidos.
Segundo o Archaeology News, a campanha de escavação foi lançada há oito anos, com a intenção de proteger sítios arqueológicos do Deserto da Judeia de saques e escavações clandestinas. O projeto é financiado pelo Ministério do Patrimônio, pelo Departamento de Arqueologia da Administração Civil da Judeia e Samaria e pela Autoridade de Antiguidades de Israel.
"Esta estrutura piramidal é enorme e feita de pedras talhadas à mão, cada uma pesando centenas de quilos", descreve a IAA comunicado no Facebook. "Na primeira semana de escavação, os voluntários encontraram documentos históricos escritos, vasos de bronze excepcionais e restos de móveis antigos, que graças ao clima do deserto foram preservados em condições incríveis".
Com a escavação, os arqueólogos e historiadores locais pontuam que as descobertas remodelam a compreensão histórica do local. Anteriormente, estudiosos pensavam que a estrutura piramidal foi construída durante o período do Primeiro Templo, mas mais recentemente foi apontado que ela é posterior, do período helenístico, quando Israel estava sob domínio ptolomaico.
Apesar disso, o propósito original da pirâmide segue um mistério: "Esta é uma torre de guarda, guardando uma importante rota comercial através da qual os recursos de sal e betume do Mar Morto eram transportados para os portos costeiros? Ou em algum momento esta enorme estrutura no topo da montanha estava marcando um túmulo, ou servindo como um monumento na história antiga?", ponderam os líderes da escavação.
"É um mistério histórico — e para nossa alegria, o público que vem se voluntariar na escavação é nosso parceiro na descoberta das respostas", concluem no comunicado.