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Notícias / Arqueologia

Pinturas em caverna sugerem que Saara já foi um oásis verde

Pinturas datadas entre 9 mil e 6 mil anos atrás estão localizadas no remoto planalto de Gilf Kebir, no Deserto Ocidental do Egito

por Giovanna Gomes
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Publicado em 24/09/2024, às 12h30

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Pintura rupestre na Caverna dos Nadadores - Wikimedia Commons/Roland Unger
Pintura rupestre na Caverna dos Nadadores - Wikimedia Commons/Roland Unger

Pinturas datadas entre 9 mil e 6 mil anos atrás e localizadas no remoto planalto de Gilf Kebir, no Deserto Ocidental do Egito, intrigam pesquisadores por retratar figuras humanas em posições que sugerem natação. Conhecida como a "Caverna dos Nadadores", essa descoberta indica que a região do Saara, atualmente árida, já foi um "oásis verde" com abundância de água.

A caverna foi descoberta em 1926 pelo cartógrafo europeu László Almásy, e está situada em uma área tão isolada que permaneceu desconhecida até o século XX.

Segundo a Live Science, o planalto de Gilf Kebir, composto de arenito e localizado entre o sudoeste do Egito e o sudeste da Líbia, oferece evidências de que a região já abrigou corpos d'água, sugerindo um passado muito diferente do deserto árido de hoje.

De acordo com o portal O Globo, além dos "nadadores", Almásy encontrou duas cavernas rasas próximas, adornadas com centenas de pinturas rupestres que retratam animais e figuras humanas em cenas cotidianas, além de gravuras detalhadas, como a impressão de um casco de antílope. Entre os elementos mais curiosos estão as "impressões negativas" de mãos, criadas soprando pigmento sobre os dedos abertos, conforme relatado pelo Museu Britânico.

Figuras humanas

O que mais chamou a atenção dos pesquisadores, no entanto, foram as figuras humanas com "membros contorcidos, como se estivessem nadando". Essas pinturas fortaleceram a ideia defendida por Almásy de que o Saara já foi uma região verde e úmida, uma teoria inicialmente vista como radical, mas que mais tarde foi confirmada, embora não diretamente por essas pinturas, segundo o Museu Britânico.