No ano passado, os advogados dos irmãos apresentaram à Justiça um pedido de habeas corpus; saiba o que teria de acontecer para eles saírem da prisão
Lyle e Erik Menendez foram sentenciados à prisão perpétua sem possibilidade de condicional em 1996 pelo assassinato dos pais, em um caso que ganhou imensa cobertura midiática e atenção do público. Agora, a defesa dos irmãos argumenta que novas evidências sobre abuso sexual sofrido por eles justificariam uma reavaliação das condenações.
Em maio de 2023, os advogados dos irmãos apresentaram um pedido de habeas corpus com novas evidências, incluindo uma carta escrita por Erik em 1988, na qual menciona abusos contínuos cometidos pelo pai.
Também faz parte da petição uma declaração de Roy Rosselló, ex-integrante da boy band Menudo, afirmando que José Menendez, pai dos irmãos, teria abusado sexualmente dele na adolescência. Segundo os advogados, essas informações poderiam ter influenciado os jurados a considerar a ação dos irmãos sob um contexto de autopreservação.
George Gascón, promotor distrital do condado de Los Angeles, afirmou em outubro de 2023 que seu escritório está analisando as novas alegações, comprometendo-se a dar ao juiz uma opinião formal sobre o caso em novembro.
Embora a decisão final caiba ao juiz, Gascón explicou que tem “uma obrigação moral e ética de revisar o que está sendo apresentado a nós” e estabelecer se o que foi apresentado agora poderia ter alterado o destino dos irmãos no passado.
De acordo com a revista People, se o tribunal estadual conceder o habeas corpus, as condenações anteriores podem ser anuladas, o que permitiria ao estado decidir por um novo julgamento ou a liberdade dos irmãos. Além disso, o histórico exemplar de comportamento dos irmãos na prisão, onde estão há mais de 30 anos, também poderia influenciar essa decisão.
Conforme destaca a fonte, caso o escritório do promotor distrital considere que os irmãos Menendez estão reabilitados, os promotores podem solicitar ao tribunal uma nova sentença para eles. Segundo Gascón, isso pode resultar em uma redução da pena, em um novo julgamento ou até mesmo na libertação dos irmãos. Mas, nenhum dos cenários foi confirmado até o momento.
Essa é uma situação delicada e sem garantias, pois, como apontam especialistas, a nova petição ainda não altera substancialmente o histórico do caso, mas abre uma possibilidade, mesmo que remota, para os irmãos Menendez.