A descoberta aponta que vikings foram infectados com um dos mais antigos parasitas humanos conhecidos
Um grupo de pesquisadores viu uma pesquisa ter seus rumos mudados após uma descoberta proporcionada pela tecnologia; ao analisar fezes humanas fossilizadas atribuídas a povos vikings com ferramentas modernas, foi possível identificar a presença de um composto chamado quitina.
Tal material era presente nos ovos de tricurídeos, cuja identificação por análises de DNA permitiram compreender que vikings sofreram com a infecção de um dos mais antigos parasitas humanos na alimentação. Os resquícios dos ovos foram isolados e examinados, conforme revela o extenso artigo da descoberta, publicado na revista científica Nature.
As fezes, por sua vez, foram encontradas em latrinas de assentamentos na Noruega, nas regiões de Viborg e Copenhagen, mas também na Letônia e Holanda. Outras descobertas do local atribuem a datação de até 2,5 mil anos atrás. Com tal dado, trata-se de uma das pesquisas mais aprofundadas sobre o parasita.
Além da descoberta, os cientistas envolvidos na análise conseguiram comparar amostrar de fezes antigas de várias origens e continentes distintos, todas com evidências de parasitas, de forma a fornecer uma visão mais ampla sobre a atuação do tricurídeo ao longo dos séculos.
Sabemos há muito tempo que podemos detectar ovos de parasitas com até 9 mil anos de idade no microscópio. Para nossa sorte, os ovos são projetados para sobreviver no solo por longos períodos”, afirmou o professor Christian Kapel, um dos autores do estudo.