O Thalassotitan atrox foi um mosassauro, tipo de réptil marinho, que dominou a cadeia alimentar do Cretáceo
Pesquisadores da Universidade de Bath, localizada na Inglaterra, protagonizaram uma grande descoberta recente: no Marrocos, um novo mosassauro — réptil marinho gigante —, o Thalassotitan atrox, foi descoberto, sendo este possivelmente o animal que dominava a cadeia alimentar do período Cretáceo.
O período Cretáceo foi marcado pelo surgimento de muitas novas espécies de animais, desde peixes e moluscos até aves e mamíferos, e claro que os répteis não ficariam de fora. Os próprios mosassauros, grandes répteis marinhos, viveram nessa época marcada por gigantes, e por isso tinham até 12 metros de comprimento.
Os animais eram parentes distantes de uma iguana, como as modernas, mas parecia muito mais com um dragão-de-komodo, mas com nadadeiras no lugar de pernas e uma barbatana caudal como a dos tubarões.
Enquanto outros mosassauros já registrados possuíam mandíbulas longas e dentes finos, sendo mais apropriado para pegar apenas peixes, o Thalassotitan atrox apresentava um focinho curto e largo, além de dentes cônicos maciços iguais aos de uma orca, o que lhe possibilitava se alimentar de presas bem maiores, como publicado em artigo da revista Cretaceous Research e repercutido pela Revista Galileu.
A descoberta ocorreu no Marrocos, em uma região habitada tanto por pequenos peixes como outros grandes répteis do Cretáceo. Assim, o achado condiz com a teoria de que esse seria o maior predador marinho daqueles tempos, no topo da cadeia alimentar, visto que até mesmo crânios de outras três espécies de mosassauros foram encontradas próximo ao animal, sendo possíveis vítimas.
Não podemos dizer com certeza que espécie de animal comeu todos esses outros mosassauros", disse em comunicado o professor Nick Longrich, da Universidade de Bath. "Mas temos ossos de répteis marinhos mortos e comidos por um grande predador no mesmo local onde encontramos o Thalassotitan, uma espécie que se encaixa no perfil do assassino. Isso provavelmente não é uma coincidência."
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