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Notícias / Paleontologia

Pesquisadores descobrem fóssil de crocodilo de 10 milhões de anos no Peru

Achado no deserto de Ocucaje, o esqueleto quase completo de um jovem Piscogaialis revela detalhes inéditos sobre a fauna marinha do passado

Redação Publicado em 03/12/2024, às 19h30

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Esqueleto do crocodilo Piscogavialis de 10 milhões de anos - Reprodução/Instagram
Esqueleto do crocodilo Piscogavialis de 10 milhões de anos - Reprodução/Instagram

Uma equipe de paleontólogos peruanos acaba de fazer uma descoberta que promete reescrever a história da vida marinha no Peru. No deserto de Ocucaje, localizado a cerca de 350 quilômetros de Lima, foi encontrado o fóssil quase completo de um crocodilo marinho jovem, com cerca de 10 milhões de anos.

O fóssil, pertencente a uma espécie extinta chamada Piscogaialis, possui entre 3 e 4 metros de comprimento e se encontra em excelente estado de conservação. "É a primeira vez que encontramos um jovem desta espécie", celebra Mario Gamarra, paleontólogo de vertebrados da equipe, à imprensa.

A descoberta é considerada um marco para a paleontologia, pois permite aos pesquisadores estudar o desenvolvimento e as características de uma espécie que, na fase adulta, podia chegar a impressionantes 9 metros de comprimento. O processo de preparação do fóssil, que durou cerca de 80 horas, foi desafiador devido à dureza da rocha e à complexidade da morfologia do animal.

O deserto de Ocucaje, conhecido por sua rica biodiversidade fóssil, revelou-se mais uma vez um tesouro para os paleontólogos. Nas últimas décadas, a região tem sido palco de importantes descobertas, como fósseis de baleias anãs, golfinhos, tubarões e outras espécies do período Mioceno.

Estudo detalhado

Segundo o 'Extra Globo', os Piscogavialis, diferentemente dos crocodilos atuais, possuíam focinhos alongados e uma dieta baseada em peixes. Seu parente vivo mais próximo é o gavial indiano. A análise do fóssil encontrado no Peru permitirá aos pesquisadores compreender melhor a evolução desses animais e as condições ambientais do passado.

A equipe da Diretoria Regional de Geologia da Ingemmet e da Escola La Unión, responsável pela descoberta, planeja realizar estudos detalhados sobre o fóssil para desvendar os mistérios da vida marinha do Peru há milhões de anos. Até o final de dezembro, o público poderá apreciar de perto essa incrível descoberta nas instalações da Ingemmet, em Lima.