O animal tinha o membro coberto de ossos que poderiam ser usados em confrontos com outros predadores
Um grupo de pesquisadores concluiu que um fóssil de dinossauro encontrado em 2018 no Chile é de uma espécie nunca antes vista, agora batizada como Stegouros elengassen. A descoberta chamou atenção por uma característica específica; com características do estegossauro e dos anquilossauros, o animal tinha uma cauda que poderia ser utilizada como arma de combate.
As análises laboratoriais do fóssil apontaram que ele possuía cerca de 2 metros de comprimento e teria vivido no final do período Cretáceo, há cerca de 71,7 a 74,9 milhões de anos, na região onde hoje fica a província de Magallanes, na Patagônia. O estudo foi publicado na revista científica Nature, na última quarta-feira, 1.
O principal autor do estudo, Sergio Soto Acuña, comparou a causa com a de uma cascavel ou lagarto espinhoso, mas se aproxima ainda mais de outro animal extinto, o tatu-canastra: “A cauda é extremamente estranha, pois é curta para um dinossauro e a metade posterior é envolta em ossos dérmicos (ossos que crescem na pele) formando uma arma única [cauda]”.
Os ossos foram encontrados próximos de plantas fossilizadas, que também auxiliaram na descoberta do clima onde o animal viveu; bem diferente do clima frio que hoje caracteriza a Patagônia, o dinossauro se adaptava aos climas quentes e, pela rigidez, desenvolveu sete pares de depósitos ossos.