Do arqueólogo amador que fez uma descoberta incrível a empresa que trouxe múmias "de volta à vida" através da tecnologia
Nos últimos meses, profissionais foram responsáveis por encontrarem respostas para mistérios antigos. Já outros realizaram feitos inéditos com a ajuda de tecnologias de ponta.
Abaixo, você confere oito descobertas que impressionaram os leitores do site Aventuras na História nos últimos meses.
Essa é uma descoberta rara que foi feita por um fazendeiro na China em 2018, contudo, as análises apenas foram divulgadas em agosto de 2021.
O ovo fossilizado, que tem o tamanho de uma bola de sinuca e apresenta um embrião 85% formado, foi determinado como pertencente a uma espécie de tartaruga gigante do Cretáceo Superior, e surpreendeu os cientistas pela espessura de sua casca. Essa característica ajudaria a proteger os embriões do réptil do clima árido que reinava sobre o território no período.
No último dia 15 de setembro, a empresa de tecnologia de DNA Parabon NanoLabs anunciou que havia desenvolvido modelos em 3D simulando os rostos de três múmias egípcias que foram enterradas entre 1380 a.C. e 425 d.C, isto é, cerca de dois milênios atrás.
O incrível feito foi alcançado através de uma técnica nomeada "fenotipagem forense", que usa amostras da DNA para fazer estimativas a respeito das características físicas do indivíduo a que o código genético pertence.
A Taça de Nestor é um famoso artefato repleto de inscrições gregas que fazem referência às histórias épicas narradas na Ilíada, de Homero. Ele foi encontrado em 1954, dentro de uma tumba de 2,8 mil anos localizada na Itália.
No último dia 6 de outubro, a revista PLOS ONE publicou um estudo que foi responsável por revelar que o objeto foi enterrado não junto de apenas um cadáver, como era antes pensado, mas de três. O próximo passo da pesquisa é desvendar por que essas pessoas foram sepultadas junto da valiosa taça.
No último dia 16 de outubro, uma descoberta feita em 2009 finalmente foi explicada. Tratava-se do esqueleto de um homem do século 7 que fora encontrado em meio a um cemitério muito mais antigo, que tinha por volta de 2 mil anos.
Anteriormente, a comunidade científica acreditava que o cadáver pertencia a um ladrão de túmulos que, de alguma forma, falecera durante o assalto.
De acordo com as conclusões recentes publicadas no jornal Archaeological and Anthropological Sciences, no entanto, o homem teria sido assassinado (possivelmente por múltiplas pessoas, de acordo com as lesões encontradas em seus restos mortais) e seu corpo apenas foi descartado naquele local.
Em 30 de outubro, o Ministério de Turismo e Antiguidades do Egito anunciou que uma missão arqueológica havia sido capaz de localizar a cripta de Ptah-M-Wai, um egípcio que cumpriu uma série de altas funções durante o reinado do poderoso faraó Ramsés II.
Ptah foi chefe de tesouraria, escriba real, e supervisor de gado do império. A câmara subterrânea está repleta de imagem esculpidas nas paredes. Algumas o representavam, outras, por sua vez, traziam cenas de ritos sagrados, como procissões e oferendas.
No último mês de novembro, um time de arqueólogos da Universidade de Basel, na Suíça, revelou ter desenterrado uma série de objetos em um vale no sudeste do país.
Eles descobriram fragmentos de escudos, pontas de estilingue, moedas e muitos outros. O local era um campo de batalha em que soldados romanos atacaram uma tribo local, conforme concluíram.
Tudo isso apenas foi possível, no entanto, graças à persistência de um pesquisador amador que esquadrinhou o sítio — que era então considerado vazio — no ano de 2019 com o auxílio de um detector de metais.
Após conseguir desenterrar uma adaga, a comunidade científica da região organizou uma missão para explorar a área.
Ainda não existe um estudo oficial a respeito deste esqueleto fossilizado de Supersaurus, réptil que habitava a região dos Estados Unidos cerca de 150 milhões atrás, porém, sua descoberta foi divulgada durante a Conferência Anual da Sociedade de Paleontologia de Vertebrados, evento que ocorreu no último dia 5 de novembro.
Os Supersaurus sempre foram considerados dinossauros longos, no entanto os restos mortais do último espécime desenterrado, que estaria mais completo que fósseis anteriores, surpreenderam os cientistas: ele teria 39 metros de comprimento da cauda ao focinho.
Após a análise de uma série de painéis representando procissões presentes no Tempo de Hatshepsut, que foi construído 3,5 mil anos atrás, a egiptóloga Anastasiia Stupko-Lubczynska chegou à conclusão de que apenas os rostos e pequenos detalhes presentes nas obras de arte do local eram desenhados pelos mestres artesãos.
Outras porções de desenhos, tais como os braços, pernas e torsos, que eram consideradas mais simples, teriam sido deixadas nas mãos dos aprendizes.
A especialista publicou suas conclusões na revista científica Antiquity no último dia 11 de novembro, de forma que essa foi a notícia arqueológica mais recente desta lista.