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Notícias / Astronomia

Pesquisadores descobrem de onde vieram 200 meteoritos marcianos que caíram na Terra

Novo estudo de quais áreas da superfície de Marte vieram quase 200 meteoritos que caíram no nosso planeta; confira!

Éric Moreira
por Éric Moreira

Publicado em 29/08/2024, às 11h30

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Imagem ilustrativa de Marte - Foto de Aynur_zakirov, via Pixabay
Imagem ilustrativa de Marte - Foto de Aynur_zakirov, via Pixabay

Um estudo recente desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Alberta, no Canadá, descobriu a origem exata de quase 200 meteoritos advindos de Marte que chegaram até a Terra, apontando as crateras da superfície marciana de onde eles teriam saído. O artigo que descreve a descoberta foi publicado na revista científica Science Advances.

Já era de conhecimento da comunidade científica que, quando meteoros colidiram com a superfície de Marte em ocasiões passadas, vários detritos foram lançados para o espaço. Porém, com o novo estudo, os pesquisadores conseguiram apontar a origem exata de quase 200 meteoritos marcianos conhecidos, identificando suas crateras "mães" da superfície do planeta vermelho.

+ Cientistas desvendam mistério de meteorito presente no início de Marte

Meteorito Amgala 001, de origem marciana, que foi encontrado no Saara Ocidental em 2022 / Crédito: Foto por Steve Jurvetson pelo Wikimedia Commons

Descobertas

Conforme repercute a Revista Galileu, a partir de amostras de rochas marcianas encontradas na Terra, pesquisadores conseguiram descobrir que, em geral, os detritos se originaram de cinco diferentes crateras de Marte. Estas, por sua vez, encontram-se em duas regiões vulcânicas do planeta vermelho, conhecidas como Tharsis e Elysium.

É realmente incrível de se imaginar. É o mais próximo que podemos ter de realmente ir a Marte e pegar uma rocha", informa em comunicado o curador da Coleção de Meteoritos da Universidade de Alberta, Chris Herd. "Agora, podemos agrupar estes meteoritos de acordo com a sua história e também pela sua localização na superfície [marciana] antes de chegarem à Terra".

Para as descobertas, os estudiosos utilizaram simulações de impacto em um planeta semelhante a Marte, de forma a compreender como cada meteorito se desprendeu do solo. Foi a partir da análise de traços de minerais e fraturas de cada fragmento, bem como o tamanho estimado das crateras que os ejetaram, que os pesquisadores puderam chegar às novas conclusões.

Vale mencionar que, em média, cerca de 44 mil kg de meteoritos entram na superfície terrestre todos os dias, segundo a Nasa. No entanto, a maior parte deles incendeia logo que entra em contato com nossa atmosfera, de forma que são vaporizados — e deixando um rastro, que conhecemos como estrela-cadente —, chegando ao solo apenas como meras e imperceptíveis partículas de poeira.

Por fim, os pesquisadores destacam que compreender melhor como e de onde os meteoritos marcianos da Terra se originaram pode ajudar a compreender melhor as amostras que já existem aqui. "Selecionar meteoritos que foram ejetados ao mesmo tempo e depois fazer estudos direcionados sobre eles para determinar onde eles estavam é nosso próximo passo", complementa Herd no comunicado. "Isso mudará fundamentalmente a forma como estudamos os meteoritos de Marte".