O estudo foi publicado nesta quinta-feira, 7, na revista Nature Communications Biology
Uma pesquisa da Universidade de Bristol buscou explicar o motivo dos crocodilos de hoje serem tão semelhantes aos do período jurássico, há cerca de 200 milhões de anos.
O estudo publicado nesta quinta-feira, 7, na revista Nature Communications Biology, explica que os animais seguem um padrão de evolução, o equilíbrio pontuado.
A tese defendida é a de que a evolução dos crocodilos ocorre a partir de alterações climáticas e acelera quando está mais quente, quando o tamanho do corpo do animal aumenta.
"Para o nosso estudo, medimos o tamanho do corpo, o que é importante porque interage com a velocidade de crescimento dos animais, a quantidade de comida de que precisam, o tamanho de suas populações e a probabilidade de extinção", explica o autor principal do estudo, o Dr. Max Stockdale.
No entanto, ao que tudo indica, os crocodilos chegaram a um corpo muito versátil, de modo que não é necessário alterá-lo para sobreviver. A teoria ainda explicaria a razão dos crocodilos terem sobrevivido ao impacto do meteoro no final do Cretáceo.
Esses animais se adaptam melhor em condições quentes por não serem capazes de controlar a temperatura do corpo. O fato do clima daquela época ser mais quente do que é hoje pode explicar por que antes havia tantas espécies de crocodilos enquanto hoje há apenas 25.
"É fascinante ver como existe uma relação entre a terra e os seres vivos. Os crocodilos adquiriram em um estilo de vida versátil o suficiente para se adaptar às enormes mudanças ambientais que ocorreram desde que os dinossauros ainda estavam presentes", diz Stockdale.