O religioso está sendo criticado em rede social por narrar documentário polêmico
Após uma série de ataques em suas rede sociais e até mesmo uma nota de repúdio partindo da Arquidiocese de São Paulo, o padre Julio Lancellotti quebrou o silêncio sobre sua narração em 'São Marino', curta-metragem de Leide Jacob que retrata a Santa Marina como figura LGBTQIA+.
O curta aborda discussões contemporâneas ao contar a história de uma pessoa trans, Marino, que teria vivido durante o século seis no Líbano e, depois de sua morte, foi canonizada como santa. A produção foi gravada na Igreja de Santa Marina, na zona leste de São Paulo e ainda conta com entrevistas com pessoas trans.
Apesar da trama, Julio afirmou, em entrevista à coluna de Mônica Bergamo no jornal Folha de S. Paulo, que não narra especificamente uma "história de santa trans", justificando: "No tempo dela não existia essa nomenclatura e é difícil aplicá-la hoje. Existe um fato concreto, que é relido por determinados grupos".
O religioso ainda manifestou pesar pelas criticas abruptas e violentas que tem recebido, principalmente de conservadores e pessoas que se dizem aluadas aos ideais cristãos.
Quanto mais católicos se dizem, quanto mais religiosos se dizem, mais cruéis são nas críticas. São críticas e ameaças violentas. Fazem afirmações para desqualificar, destruir o ser humano. Eu tenho sentido nesses dias o que sentiu santa Marina: ser acusado sem poder se defender", acrescentou Julio.