O Padre Júlio Lancellotti tomou uma medida após a ação que impedia a presença de moradores de rua: "indignação diante da opressão"
A notícia de que a prefeitura de São Paulo inseriu pedras em baixo de um viaduto causou inúmeras reações nas redes sociais. Fora do universo online o Padre Júlio Lancellotti decidiu ir além: a marretadas, o coordenador da Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de São Paulo removeu as rochas ali pregadas.
O ato foi realizado no Tatuapé, bairro da cidade, no viaduto Dom Luciano Mendes de Almeida. Júlio condenou o ato da prefeitura em impedir que pessoas em situação de rua pudessem passar a noite: "indignação diante da opressão".
Indignação diante da opressão. Marretada nas pedras da injustiça pic.twitter.com/kHLpXsOg0m
— JULIO LANCELLOTTI (@pejulio) February 2, 2021
A publicação que revelou seu ato de remover as pedras fora acompanhada pela legenda “Marretada nas pedras da injustiça”.
O religioso, que é conhecido como defensor e atua diretamente como ativista para ajudar pessoas em situação de rua, também demonstrou sua indignação durante entrevista a Rede Globo.
“É desumano, parece um campo de concentração”, explicou. "A segunda questão é do gasto público, da irracionalidade de uma cidade com tanto problema gastar todo esse dinheiro nisso".
Derrubando as pedras embaixo do viaduto a marretadas pic.twitter.com/3qFeowBdL8
— JULIO LANCELLOTTI (@pejulio) February 2, 2021
A obra acabou sendo desfeita quatro dias após a decisão inicial de inserção das rochas. Conforme repercutido pelo portal de notícias UOL, a prefeitura da cidade disse em comunicado que a obra fora uma ‘decisão isolada’ de uma pessoa que trabalha na subprefeitura da Mooca, que é liderada por Guilherme Kopke Brito. Quanto o servidor que fez a ação, a prefeitura disse que decidiu exonerar.