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Notícias / Pré-História

Origem da peste é encontrada na Suécia

Uma das doenças mais temidas da história pode ter surgido muito antes do que se pensava

Alana Sousa Publicado em 07/12/2018, às 14h01 - Atualizado às 15h20

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 Exemplo de vestimenta de médicos que tratavam casos de peste - Reprodução
Exemplo de vestimenta de médicos que tratavam casos de peste - Reprodução

A mesma peste que tirou milhões de vidas na Europa e na Ásia no século 14 fez estragos enormes há quase cinco mil anos. É a conclusão de pesquisadores que encontraram a cepa mais antiga da bactéria Yersinia pestis – responsável pelo contágio da peste negra. Estava em uma tumba na atual Suécia.

A descoberta surgiu quando pesquisadores da Universidade Aix- Marseille, na França, analisavam o banco de dados de DNA para identificar vítimas pré-históricas de casos de infecção. Foi então que encontraram um indício do que pode ter sido a primeira epidemia da história.

Em um local previamente escavado na Suécia, em uma tumba de calcário datada do período Neolítico, 78 pessoas teriam sido enterradas juntas, em um intervalo de 200 anos.  O autor do estudo, Nicolás Rascovan, diz que o fato de que muitas pessoas morreram, em um tempo relativamente curto, em um mesmo lugar, pode indicar que elas teriam morrido juntas em uma epidemia.

A nova cepa foi encontrada nos restos mortais de uma mulher que teria morrido 4.900 anos atrás, aos 20 anos de idade. O estudo sugere que ela tenha morrido da peste pneumônica – a forma menos comum, porém mais letal da doença. Ao comparar a nova cepa com o DNA da peste conhecida, os cientistas determinaram que a amostra antiga era o parente mais próximo do ancestral mais recente da bactéria.

Pesquisadores encontraram a amostra de peste nos restos de uma mulher de 20 anos Reprodução

A peste bubônica é a forma mais comum da doença. A bactéria se espalha pelos gânglios linfáticos (essenciais para o sistema imunológico) e causa inflamação. Se a bactéria se disseminar para os pulmões elas podem causar a peste pneumônica.

Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica Cell.