Confronto causou uma morte e deixou inúmeras pessoas feridas
Na última segunda-feira, 25, a Justiça dos Estados Unidos iniciou um processo para julgar os organizadores de uma manifestação de extrema direita que aconteceu em 2017 na cidade de Charlottesville, e terminou com uma vítima e inúmeros feridos.
No ano em que o incidente aconteceu, um processo civil foi aberto por quatro feridos e por pessoas que estão lidando com um “estresse profundo e incapacitante” causado pelo evento. No entanto, a ação demorou para avançar.
As acusações atuais são contra cerca de dez grupos neonazistas, dois ramos locais da organização do Ku Klux Klan, o dono de um site neonazista e cerca de 15 pessoas ligadas ao movimento, segundo o site IstoÉ.
Entre as figuras denunciadas, estão Jason Kessler, responsável por convocar a manifestação do dia 12, que resultou em tragédia, e outro personagem importante para o evento, Richard Spencer, que organizou a marcha da véspera do protesto.
“As violências de Charlottesville não foram acidentais. Foram resultado de um plano (…) preparado durante meses e cuja implementação foi ativamente supervisionada [pelos acusados]”, afirmam na denúncia.
Em 2017, os manifestantes nacionalistas brancos se organizaram para protestar contra a decisão da prefeitura de Charlottesville de retirar uma estátua do general Robert Lee, líder dos estados escravistas do sul durante a Guerra Civil Americana.
A manifestação começou no dia 11 de agosto mas perdurou até o dia seguinte, quando confrontos entre os organizadores neonazistas e manifestantes antirracistas se chocaram. James Fields bateu seu carro em uma multidão e causou a morte de uma mulher e feriu 19 pessoas.