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Notícias / "O Sequestro do Papa"

"O Sequestro do Papa": Filme baseado em fatos chega aos cinemas nesta quinta-feira (18)

Baseado no insólito caso de Edgardo Mortara, "O Sequestro do Papa" chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 18

por Thiago Lincolins
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Publicado em 16/07/2024, às 18h00

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Cena do filme "O Sequestro do Papa" - Divulgação
Cena do filme "O Sequestro do Papa" - Divulgação

"O Sequestro do Papa" é o novo filme do diretor Marco Bellocchio. No longa, acompanhamos a insólita história do caso Edgardo Mortara. Aos seis anos, ele foi tirado de seus familiares em Bolonha, e levado para Roma após ordens do papa Pio IX. Sob os cuidados da Igreja, cresceu e se tornou padre. 

Parece ficção, mas é realidade. O rapto do garoto judeu se tornou um dos mais debatidos da História e registrado no livro 'O Sequestro de Edgardo Mortara', de David I. Kertzer.

O sequestro

O caso ganhou contornos inacreditáveis entre 23 e 24 de junho de 1858 e chocou a cidade italiana de Bolonha, na qual Edgardo, seus pais e irmãos viviam. Afastado da família enquanto ainda era uma criança, ele ficou soba guarda do papa Pio IX.

Quando tinha apenas quatro meses, o bebê fora batizado em segredo pela empregada da família. Na visão da Igreja, Edgardo era um católico. Assim, o pequeno, que se tornou católico, não poderia ser criado por pessoas que seguissem uma fé diferente. Vale destacar que seus familiares estavam entre os cerca de 200 judeus de Bolonha, que praticavam sua fé de maneira restrita.

Estreia!

"Além do livro de [Vittorio] Messori, baseamos nosso trabalho principalmente em escritos de Daniele Scalise, que menciona esse caso também, e de David Kertzer, que Steven Spielberg estava considerando adaptar para a tela. Assim como em Exterior Night (Noite Exterior), fizemos questão de enraizar nossa narrativa em fatos históricos indiscutíveis, antes de permitir que nossa imaginação preenchesse os espaços que a história deixa vazios", explicou o diretor em entrevista ao Festival de Cannes. "Temos muito pouco conhecimento sobre a vida privada dos personagens, por exemplo. A estrutura do filme é sustentada por vários pilares históricos: o sequestro em 1858, o julgamento em 1860 e a captura de Roma em 1870". 

O debate foi intenso: Deveria Edgardo voltar para os braços dos pais ou seguir sob os ensinamentos da Igreja? 

Bom, Bellocchio explicou que o lançamento em questão não compreende um filme político.

"Naturalmente, o que Eduardo Mortara vivenciou nunca poderia acontecer hoje em uma era de diálogo aberto e um papa extremamente tolerante. Na época, havia de fato essa sensação de que a fé católica não estava em questão. Mas "Rapito" (O Sequestro do Papa) não é um filme político. Eu não o fiz para fazer um ponto político ou tomar uma posição contra a Igreja. Este filme não busca colocar um lado contra o outro. O destino deste homem falou comigo e me inspirou", disse ele na entrevista.

O filme de Marco Bellocchio chega aos cinemas brasileiros na quinta-feira, 18, através da Pandora Filmes. Confira a nossa matéria completa sobre o caso aqui.