A família de Marielle Franco se reuniu para um ato por justiça e cobranças de respostas
Na manhã desta terça-feira, 14, a família da vereadoraMarielle Franco, assassinadanesse diaem 2018, se reuniu para um ato por justiça e cobranças de respostas sobre o caso, em frente ao Museu de Arte do Rio, na Praça Mauá. Na ocasião, o pai da parlamentar discursou afirmando que “cinco anos se passaram e não temos resposta”.
Mesmo após cinco anos do assassinato de Marielle e três governos diferentes, ainda não se têm os nomes dos mandantes e às motivações para o caso. O assassinato possui dois acusados, mas eles ainda não foram levados a julgamento.
Em 14 de março de 2018, ela estava em um carro na região do Estácio com o motorista Anderson Gomes, quando ambos foram alvejados por tiros de metralhadora.
Além da família de Marielle, também estavam presentes no ato, ativistas e representantes dos comitês do Instituto Marielle Franco e da Anistia Internacional, que montou no local uma linha do tempo que pontuava “cinco anos de injustiças” da morte da parlamentar.
Cinco anos se passaram e não temos a resposta que desde o dia 14 de março estamos atrás: saber quem mandou matar Marielle”, disse Antônio Francisco, pai de Marielle Franco, como repercutido pelo O Globo.
Ao longo do dia, na região da Praça Mauá, do Centro do Rio e na Câmara dos Vereadores, uma série de atividades foi programa pelo comitê e pelos familiares da parlamentar.
Como ato político de resistência pelos cinco anos do assassinato de Marielle, no museu foi instalada uma homenagem à vereadora: uma escultura de 11 metros de altura, de nome “corte seco — Marielle”, doada por Paulo Nazareth. Além do monumento, há um acervo de outros artistas brasileiros e estrangeiros, que o público pode visitar.
“A estátua é grande, do tamanho que a Marielle se tornou, uma gigante. Nós vamos estar na rua. Resistência total hoje. Chorar, mas também ter muito orgulho de que vamos estar sempre em busca de respostas para cada vez mais ver o legado da Marielle crescendo”, disse a mãe da parlamentar, a advogada Marinete Silva.
Além da linha do tempo, a Anistia Internacional também colocou na amostra, um quadro em branco, no qual, o público pode deixar suas assinaturas e mensagens de apoio à família da vereadora.
Desde que ocorreu o crime, em 2018, duas pessoas foram acusadas: Roni Lessa e Élcio Queiroz, no entanto, eles ainda seguem sem julgamento. De acordo com a família da vereadora, a troca do governo foi fundamental para que as investigações sejam elucidadas, segundo promessa do ministro da Justiça, Flávio Dino.
O que ela fez de tão grave que foi sentenciada a ser assassinada? Até hoje não temos resposta” questionou o pai de Marielle.