Estudo que descreveu o fóssil descoberto por crianças em 2006 foi publicado nesta quinta-feira, 16
No verão de 2006, crianças encontraram um esqueleto fossilizado de um pinguim durante um acampamento em Waikato, na Nova Zelândia. O fóssil foi doado ao Museu de Waikato e paleontólogos da Universidade Massey e do Museu Bruce iniciaram pesquisas no novo espécime.
Trata-se do fóssil de um antigo pinguim gigante de uma espécie pré-histórica que ainda não havia sido identificada pela ciência. Como relatou o The Guardian, o estudo com as conclusões dos pesquisadores sobre a descoberta feita há 15 anos foi publicado nesta quinta-feira, 16.
O esqueleto irá ajudar os especialistas a preencherem uma série de lacunas que ainda persistem na história natural, principalmente na evolução dos pinguins na Nova Zelândia, visto que existem poucos registros de gigantes da espécie na região.
Sabe-se que existem apenas alguns espécimes bastantes fragmentários de pinguins gigantes da Ilha do Norte, o que dificulta a pesquisa local sobre esses seres. Com as novas informações, estudos poderão ser desenvolvidos para compreender a adaptação e evolução da espécie na Nova Zelândia e no mundo.
De acordo com o artigo, escrito pelos pesquisadores Simone Giovanardi, Daniel Ksepka e Daniel Thomas, o pinguim tem entre 27,3 e 34,6 milhões de anos. Naquele período, grande parte de Waikato, região onde o fóssil foi descoberto, estava debaixo d'água.
Ele ainda teria enormes pernas, o que fez com que o pinguim fosse chamado de “waewaeroa”, que significa “pernas longas” em Māori. A espécie chegaria a 1,6 metros de comprimento do dedo do pé à ponta do bico e 1,4 metros de altura quando em pé.
“O pinguim é semelhante aos pinguins gigantes Kairuku descritos inicialmente, mas tem pernas muito mais longas”, explica Thomas, que é professor sênior de zoologia da Escola de Ciências Naturais e Computacionais de Massey.
O estudo completo sobre o fóssil do pinguim gigante foi publicado no periódico internacional no Journal of Vertebrate Palaeontology.