Claire Mitchell QC entrou com uma ação legal para pedir pelo perdão das mais de duas mil vítimas feitas pela caça às bruxas
A advogada escocesa Claire Mitchell QC iniciou um processo legal no tribunal de Edimburgo, capital da Escócia, exigindo do Governo um perdão oficial para todas as mulheres que foram assassinadas sob a acusação de bruxaria durante o século 18.
A famigerada “Lei da Bruxaria” teria sido criada no país em 1563, e vigorado por quase 175 anos, período durante o qual mais de duas mil pessoas, principalmente mulheres, foram sentenciadas à morte na fogueira.
O método macabro era preferido pois as pessoas da época acreditavam que o fogo era capaz de limpar os resquícios de possíveis feitiços.
“Fazendo pesquisas na Biblioteca dos Advogados sobre a figura de Bloody Mackenzie, um Lorde que exercia advocacia durante o período da Lei da Bruxaria, li uma citação de uma mulher pobre que havia sido condenada por bruxaria. Ela ficou tão confusa que perguntou: 'Você pode ser uma bruxa e não saber disso?' Fiquei muito zangado e decidi descobrir mais sobre as bruxas da Escócia”, explicou Mitchell, segundo divulgado pelo portal Vintage News.
A advogada estabeleceu três exigências para o governo escocês, que estão atualmente em análise. São elas: um pedido de desculpas oficial para todas as vítimas da Lei da Bruxaria, um memorial público nacional e finalmente o perdão integral dos acusados.