Agora com 64 anos, Sandra Hemme, a mulher que ficou mais tempo presa injustamente, foi condenada à pena perpétua por assassinato em 1980; entenda!
Na última sexta-feira, 19, uma mulher de 64 anos foi solta da prisão após passar 43 anos presa por engano nos Estados Unidos. Apesar da condenação anulada, aponta a Associated Press, o procurador-geral do Missouri tentou mantê-la em cárcere.
Sandra Hemme, que havia sido sentenciada a uma pena perpétua por um assassinato a facadas, em 1980, da funcionária de biblioteca, Patricia Jeschke, em St. Joseph, no Missouri, deixou o Centro Correcional de Chillicothe após mais de quatro décadas.
A libertação ocorreu mais de um mês após uma decisão judicial ordenar sua soltura. Segundo o Innocence Project, Sandra foi a mulher que ficou mais tempo presa injustamente nos Estados Unidos.
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Conforme relatado pela AP, descobriu-se que Hemme não tinha qualquer relação com a vítima que ela foi acusada de assassinar. O UOL ainda aponta que a mulher foi fortemente pressionada pelos policiais para assumir a autoria do crime durante seus depoimentos.
O Innocence Project afirma que a polícia "explorou a doença mental da mulher para coagi-la a fazer declarações falsas enquanto ela estava sedada e recebendo tratamento para episódios de alucinações".
Apesar do processo anulado e de sua libertação ser concedida por uma decisão judicial, o procurador-geral Andrew Bailey tentou impedir sua soltura, alegando que Sandra representava um risco a si mesma e a outras pessoas.
Bailey argumentou que, enquanto estava presa, Hemme foi condenada por outros crimes: como "se oferecer para cometer violência" (pelo qual foi condenada a dois anos em 1984) e por atacar um funcionário na prisão com uma lâmina de barbear (pelo qual foi condenada por 10 anos em 1996).
Após sair da prisão, Sandra Hemme não falou com a mídia, mas a mulher foi recepcionada por sua filha, uma de suas irmãs e sua neta.
