A oscilação de temperatura favoreceu espécies mais resistentes — como os dinossauros — após uma grande erupção vulcânica
Uma equipe de pesquisadores de universidades internacionais concluiu que um evento, até então desconhecido, foi capaz de causar a extinção em massa de diversos seres vivos no planeta Terra. A descoberta, publicada na revista Science Advances, revelou que o episódio ocorreu há 233 milhões de anos, mas favoreceu o acréscimo dos dinossauros.
A parceria, denominada Evento Pluvial Carniano, contou com membros da Universidade de Geociências da China e da Faculdade de Ciências da Terra da Universidade de Bristol. Os cientistas atribuem a extinção às potentes erupções vulcânicas que ocorreram onde hoje é a província de Wrangellia, no oeste do Canadá — conseguindo derramar lava por toda a costa ocidental norte-americana.
O ocorrido resultou em picos de aquecimento global, extinguindo diversas espécies, mas favorecendo as mais resistentes, como algumas das primeiras tartarugas, crocodilos, lagartos, mamíferos e dinossauros. A biodiversidade que restou após o período conseguiu desenvolver ecossistemas mais modernos.
As espécies menos favorecidas com a mudança climática, como a biodiversidade marinha que foi atingida, também sofreram alterações. Os pesquisadores marcam o episódio como o começo dos recifes de coral e o surgimento de novos tipos de plâncton — impulsionados pelo acréscimo das vegetações, anteriormente corroídas por espécies menores —, resultando em mudanças químicas nos oceanos.