Além de detalhes sobre a morte de seu pai, autobiografia póstuma de Lisa Marie revela os desafios de crescer à sombra de Elvis
Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Éric Moreira Publicado em 10/10/2024, às 15h10
A morte de Lisa Marie Presley, filha do lendário Elvis Presley, deixou um vazio no mundo da música e nos corações de seus fãs. Em sua autobiografia póstuma, 'From Here to the Great Unknown', a cantora revela os desafios de crescer sob a sombra de um ícone e as profundas marcas deixadas pela perda.
O livro, lançado recentemente nos Estados Unidos e que será publicado no Brasil em 2025, é um relato emocionante e íntimo sobre a vida de Lisa Marie. A obra, concluída por sua filha Riley Keough, retrata a jornada da cantora desde a infância, marcada pela morte precoce de seu pai, até os últimos anos de sua vida.
Em um dos trechos mais comoventes do livro, a americana descreve a dolorosa experiência de encontrar o corpo de seu pai sem vida. Aos nove anos, ela acordou com a sensação de que algo estava errado e correu para o quarto de Elvis, encontrando-o no chão do banheiro. A imagem daquela cena marcou para sempre sua vida.
O luto pela perda do pai acompanhou Lisa por toda a sua existência. A cantora relata como lidava com a dor, buscando consolo na música de seu pai e em momentos de solidão. "Algumas noites, já adulta, eu bebia, ouvia suas músicas e ficava sentada chorando", confessa ela em seu livro.
Sua filha acredita que ela nunca superou a perda de Elvis: "Eu entrava no quarto dela e ela tinha caixas de som — porque isso foi há muito tempo — e ela ficava sentada no chão chorando enquanto ouvia as músicas", disse Riley em entrevista à BBC.
Segundo a CNN, a autobiografia também aborda a morte de Benjamin Keough, filho da cantora e irmão de Riley, que tirou a própria vida em 2020. A perda de seu filho foi mais um golpe para a cantora, que já lutava contra a dependência química.
Riley Keough, ao finalizar a autobiografia de sua mãe, buscou mostrar ao mundo a verdadeira essência de Lisa Marie, além das manchetes sensacionalistas.
"O que ela queria fazer em sua autobiografia, e o que espero ter realizado ao finalizá-la, foi ir além das manchetes sensacionalistas e revelar a essência de quem ela realmente era. Quero dar voz à minha mãe de uma forma que lhe escapou enquanto estava viva", declarou Riley.
