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Notícias / Brasil

Morre Vana Lopes, primeira mulher a denunciar Roger Abdelmassih

A informação foi confirmada pela presidente do Vítimas Unidas, grupo criado por Vana com mulheres que foram abusadas pelo ex-médico

Eduardo Lima, sob supervisão de Wallacy Ferrari Publicado em 29/01/2023, às 09h23

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Vana Lopes em foto publicada em 2015 no seu Facebook - Reprodução/Facebook
Vana Lopes em foto publicada em 2015 no seu Facebook - Reprodução/Facebook

Vana Lopes, ativista e estilista que foi a primeira a denunciar o ex-médico Roger Abdelmassih, que foi condenado a 278 anos de prisão por estupro e atentado violento ao pudor contra pacientes, morreu na madrugada do último sábado, 28, em São Paulo. Ela tinha 64 anos e sofria de um câncer de mama em estágio avançado.

Quem confirmou a informação foi Maria do Carmo Santos, presidente do Vítimas Unidas, um grupo criado por Vana com outras mulheres que foram abusadas por Abdelmassih.

Maria do Carmo confirmou que Vana teve um câncer de mama há 4 anos, e que “trabalhou até o final”, deixando um legado. A presidente do Vítimas Unidas afirma que, sem Vana, a “luta pelas mulheres vítimas fica um pouco menor, mas vamos seguir”.

Vana vivia em Portugal com o marido, mas voltou ao Brasil nos últimos dias por conta de uma possibilidade de tratamento. Na noite de sexta para sábado, ela teve duas convulsões e entrou em parada cardíaca. Ela deixa uma filha, uma neta e uma bisneta.

Caso Abdelmassih

Vana foi a primeira vítima a denunciar o ex-médico Roger Abdelmassih. Ela fazia tratamento para fertilização in vitro quando foi violentada por ele, em 1993, e na época foi até a delegacia para denunciá-lo.

Abdelmassihsó chegou a ser indiciado em junho de 2009 por estupro e atentado violento ao pudor contra 39 pacientes. O ex-médicofoi preso em agosto de 2014, fugitivo da Justiça. Ele foi encontrado em Assunção, capital do Paraguai.

Vanacriou a página Vítimas Unidas em 2011, para coletar informações sobre novas vítimas de Roger e informações sobre seu paradeiro. Nos últimos meses, Vana lutava pelo projeto de Lei do Estatuto da Vítima (PL 3890/20), que tem, de acordo com o Vítimas Unidas, a intenção de “humanizar, educar e evitar a revitimização de pessoas vulneradas em seus direitos”.