Faleceu aos 88 anos Alain Delon, astro do cinema francês que virou símbolo sexual ao redor do mundo; relembre a carreira
Redação Publicado em 18/08/2024, às 10h09
Alain Delon, renomado ator, produtor e escritor francês, faleceu aos 88 anos. Reconhecido por sua beleza ao redor do mundo, Delon tornou-se um símbolo sexual internacional.
Segundo comunicado divulgado à agência de notícias AFP, "Ele faleceu pacificamente em sua casa em Douchy, cercado por seus três filhos e sua família". O artista enfrentava problemas de saúde nos últimos anos.
Nascido em Sceaux, subúrbio ao sul de Paris, Delon teve uma infância complicada, marcada pela separação de seus pais e expulsões escolares. Antes de ingressar na carreira artística, serviu na Marinha Francesa na Indochina e trabalhou em diversos empregos.
Delon foi casado com a atriz e modelo Nathalie Delon entre 1964 e 1969, com quem teve um filho, Anthony. Teve outros três filhos: Christian Boulogne com a cantora Nico; Anouchka Delon e Alain-Fabien Delon com a atriz holandesa Rosalie van Breemen.
Sua estreia no cinema ocorreu em 1957, no qual viveu um assassino de aluguel no longa "Quand la femme s'en mêle" (intitulado "Send a Woman When the Devil Fails" em inglês).
Na década de 1960, Delon consolidou-se como uma figura central do cinema, colaborando com diretores renomados como René Clément ("Plein Soleil", 1960), Luchino Visconti ("Rocco e Seus Irmãos", 1960; "O Leopardo", 1963) e Jean-Pierre Melville ("Le Samouraï", 1967).
Em 1968, Delon esteve envolvido no escândalo Markovic, relacionado a sexo, drogas e assassinato na alta sociedade francesa. Embora interrogado, não chegou a ser acusado formalmente.
Delon também atuou em produções em inglês, incluindo "The Yellow Rolls-Royce" (1964) e os faroestes "Texas Across the River" (1966) e "Red Sun" (1971). Mas, não atingiu o mesmo sucesso presenciado no cinema europeu.
Em 1985, recebeu o prêmio César de melhor ator por seu papel em "Nossa História", dirigido por Bertrand Blier. Também foi indicado ao Globo de Ouro por sua atuação em "O Leopardo".
Apesar de ter se afastado dos holofotes nos últimos anos, Delon voltou à televisão no início do século XXI com as minisséries "Fabio Montale" (2002) e "Frank Riva" (2003-04), onde interpretou detetives veteranos.
Em 2005, foi nomeado Oficial da Legião de Honra Francesa por sua contribuição ao cinema mundial.
