Após a recusa anterior, motivada por possível "bullying", pais conseguiram autorização para registrar bebê com nome de faraó negro
Os pais de bebê brasileiro receberam autorização para que o filho seja registrado como Piiê, primeiro faraó negro do Egito. A Justiça de Minas Gerais concedeu a autorização após os pais informarem dificuldades para registrar o filho.
Danillo Prímola, pai da criança, foi quem divulgou a informação, na tarde desta quarta-feira, 11. A informação foi confirmada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
Segundo Danillo, o registro será feito até o fim da tarde da quinta-feira, 12, em Belo Horizonte, seguindo de um acompanhamento de um defensor público.
De início, o nome foi negado no cartório, por conta de sua grafia. Em seguida, na justiça, foi alegado que o menino poderia sofrer buyllying, pois, é semelhante ao nome de um passo de ballet chamado “plié".
Conforme o TJMG, a declaração apresentada pelos pais não contava com uma lista do personagem, aspectos culturais e históricos por eles valorizados, assim, o nome foi negado.
“Considerando os novos argumentos trazidos, através do qual agora os pais explicitam a questão cultural que os guiou para a escolha do nome, os quais não foram apontados no pedido inicial [...]. Em respeito à cultura deles, autorizou o registro na forma pretendida, com a grafia original, “inclusive por entender que nomes estrangeiros devem mesmo observar a grafia do país de origem”, diz o texto.
O nome escolhido para o menino foi “Piiê”, em homenagem ao primeiro faraó negro do Egito.