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Notícias / Estudo

Mais de 1700 vírus são encontrados nas profundezas de uma geleira

Muitos dos micróbios encontrados nunca antes haviam sido observados; descoberta se deu no oeste da China

por Giovanna Gomes
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Publicado em 02/09/2024, às 14h40

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Imagem ilustrativa - Imagem de Pixabay
Imagem ilustrativa - Imagem de Pixabay

Mais de 1.700 vírus antigos foram descobertos nas profundezas da Geleira Guliya, localizada no Planalto Tibetano, no oeste da China.

Segundo o jornal britânico Daily Mail, muitos desses micróbios nunca haviam sido observados antes, o que levanta preocupações de que, com o aquecimento global e o consequente derretimento do gelo, patógenos desconhecidos pela ciência possam ser liberados e potencialmente desencadear uma pandemia.

De acordo com o portal O Globo, os pesquisadores encontraram esses vírus em um núcleo de gelo de 300 metros de comprimento, datado de 41.000 anos atrás.

Os patógenos sobreviveram a três grandes mudanças climáticas, de períodos frios para mais quentes. Um dia após a publicação do estudo, o rapper e ator Chris "Ludacris" Bridges postou um vídeo nas redes sociais bebendo água derretida de uma geleira no Alasca. O vídeo rapidamente acumulou milhões de visualizações e gerou preocupações sobre os riscos de consumir água não tratada de geleiras.

Casos anteriores de patógenos perigosos emergindo do derretimento do pergelissolo — a camada permanentemente congelada do solo — já foram registrados. Em 2016, esporos de antraz foram liberados de uma carcaça de animal congelada há 75 anos na Sibéria, resultando em dezenas de hospitalizações e na morte de uma criança.

Não são ameaça

Os pesquisadores, no entanto, afirmaram que os mais de 1.700 vírus identificados no estudo não representam ameaça à saúde humana. Esses micróbios só são capazes de infectar arqueas e bactérias, não podendo causar doenças em humanos, animais ou plantas.

A equipe de pesquisadores, liderada pela Universidade Estadual de Ohio, perfurou mais de 300 metros na Geleira Guliya para conduzir o estudo. Usando um processo chamado análise metagenômica, os cientistas extraíram DNA de cada segmento de gelo e identificaram as diferentes cepas virais encontradas.