Amostras encontradas datam de 2 milhões de anos e são originárias da Era Glacial
Na última quarta-feira, 7, foi publicado pela Revista Nature um estudo que revela a identificação de um DNA de 2 milhões de anos no osso de um mamute siberiano datado da Era do Gelo. A descoberta foi feita por um grupo de cientistas da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, e da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, e pode contribuir para prever o custo ambiental a longo prazo do aquecimento global.
O estudo descreve os resultados da análise de 41 amostras encontradas escondidas em argila e quartzo que se acumularam ao longo de 20 mil anos. O material foi achado na Formação Kobenhavn, um depósito de sedimentos de quase 100 metros de espessura, localizado no Oceano Ártico, no norte da Groenlândia.
Os pesquisadores compararam fragmentos de DNA com outras extensas bibliotecas de DNA coletadas de animais, plantas e microrganismos atuais, incluindo amostras genéticas de renas, lebres, lemingues, bétulas (árvore) e choupos (arbusto) nas porções.
Após as análises, eles conseguiram identificar que um mamute da Era do Gelo, denominado de Mastodon, chegou até a Groenlândia antes de ser extinto. Até então, acreditava-se que o alcance de animais parecidos com elefantes não se estendia até a ilha nórdica.
De acordo com um comunicado divulgado pelo professor da Universidade de Copenhagen, KurtKjaer, os equipamentos de extração permitiram que a equipe identificasse pequenas parcelas de DNA:
Significa que finalmente conseguimos mapear um ecossistema de 2 milhões de anos".
A equipe declarou que os resultados mostram que aquele ecossistema existia em temperaturas consideravelmente mais altas do que as de hoje e que o clima parece ter sido semelhante ao que se espera no futuro, devido ao aquecimento global.