Pesquisa anunciada nesta terça-feira, 17, utilizou dados do Telescópio Espacial Hubble e contou com a colaboração da NASA e da Agência Espacial Europeia
Um grupo de cientistas do Departamento de Astronomia da Universidade de Estocolmo, Suécia, descobriu uma quantidade maior de buracos negros formados no início do universo do que se previa.
A pesquisa, anunciada nesta terça-feira, 17, utilizou dados do Telescópio Espacial Hubble e contou com a colaboração da NASA e da Agência Espacial Europeia. Essa descoberta promete fornecer informações valiosas sobre a formação dessas regiões enigmáticas do cosmos bilhões de anos atrás.
Os buracos negros supermassivos, com massas que podem ser bilhões de vezes maiores que a do Sol, são um dos grandes mistérios da astronomia. Os cientistas acreditam que esses gigantescos corpos já existiam menos de um bilhão de anos após o Big Bang. As informações são do portal Galileu.
Para investigar essa questão, a equipe utilizou o Hubble para observar galáxias menos brilhantes que se formaram nos primeiros estágios do universo, aplicando uma técnica que permite "viajar no tempo" (quanto mais distante o corpo celeste, mais distante no passado é possível observar) e estudar corpos celestes distantes.
A análise das variações no brilho dessas galáxias revelou um número maior de buracos negros do que o esperado. Os cientistas sugerem que muitos desses buracos negros podem ter se originado a partir do colapso de estrelas de primeira geração, estrelas massivas e brilhantes que existiram nos primórdios do universo e já não estão presentes.
Matthew Hayes, autor principal do estudo, comentou: "O mecanismo de formação dos primeiros buracos negros é uma parte importante para entender a evolução das galáxias". A descoberta abre portas para criar modelos mais precisos sobre o surgimento dos buracos negros e das galáxias.
Além disso, os cientistas estão usando o Telescópio Espacial James Webb para continuar a pesquisa, com o objetivo de determinar a massa e as localizações desses buracos negros "primordiais" e, assim, obter uma compreensão mais profunda do universo.