World Monuments Fund inclui a Lua em sua lista de sítios culturais ameaçados, destacando riscos de saques e destruição por futuras viagens privadas
O World Monuments Fund (WMF) publicou sua lista de sítios culturais, considerados patrimônios históricos, que estão ameaçados ou que são vulveráveis. Nesta seleção, a primeira desde 2022, a entidade incluiu a Lua.
Geralmente a lista de observação do WMF inclui sítios culturais vulneráveis na Terra, mas a inclusão da Lua se dá devido aos temores de possíveis saques e destruição causados por viagens comerciais planejadas para o futuro.
Além de nosso satélite natural, a seleção inclui Qhapaq Ñan, um sistema rodoviário andino pré-hispânico. Antakya, na Turquia, e a península de Noto, no Japão, que foram danificadas por terremotos.
Presidente e diretora-executiva da WMF, Bénédicte de Montlaur explicou que a inclusão da Lua se deu devido aos "riscos crescentes em meio às atividades lunares aceleradas", repercute o The Guardian. Segundo a entidade, essas ações estão sendo "realizadas sem protocolos de preservação adequados".
Na última quarta-feira, 15, por exemplo, a SpaceX lançou dois módulos lunares para conduzir pesquisas para futuras missões. Desde a década de 1960, apenas cinco países pousaram veículos na Lua: EUA, China, Índia, Japão e a antiga União Soviética.
Entretanto, viagens privadas à superfície lunar estão sendo esperadas para os próximos anos; o que tem se tornado a principal fonte de preocupação do WMF. A entidade demonstrou preocupações com a 'perturbação' aos locais como as pegadas deixadas por Neil Armstrong e Buzz Aldrin.
Pela primeira vez, a lua é incluída... para refletir a necessidade urgente de reconhecer e preservar os artefatos que testemunham os primeiros passos da humanidade além da Terra — um momento decisivo em nossa história compartilhada", disse Montlaur.
"Itens como a câmera que capturou o pouso televisionado na lua; um disco memorial deixado pelos astronautas Armstrong e Aldrin; e centenas de outros objetos são emblemáticos desse legado... a inclusão da Lua ressalta a necessidade universal de estratégias proativas e cooperativas para proteger o patrimônio — seja na Terra ou além — que reflitam e salvaguardem nossa narrativa coletiva", finalizou.
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