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Notícias / Arqueologia

Labirinto inca lendário é descoberto no subterrâneo de Cusco, no Peru

Descritos em crônicas do período colonial, túneis subterrâneos incas foram descobertos nas profundezas de Cusco, e podem ser finalmente explorados

Éric Moreira
por Éric Moreira

Publicado em 16/01/2025, às 11h31

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Fotografia com ilustração mostrando localização de túnel subterrâneo inca - Reprodução/Instagram/@arqueologosdelperu
Fotografia com ilustração mostrando localização de túnel subterrâneo inca - Reprodução/Instagram/@arqueologosdelperu

Conhecidos desde o período colonial a partir de crônicas, e persistentes na tradição oral local, um sistema de túneis subterrâneos foi finalmente descoberto por arqueólogos em Cusco, no Peru. Construído pelos incas, o labirinto se estende por cerca de um quilômetro, conectando o Templo do Sol a uma fortaleza localizada na periferia da cidade.

As "chincanas", ou labirintos, foram mencionadas nas crônicas dos espanhóis que colonizaram a região, e seguiram conhecidas pela tradição oral, conforme explicou a Agência Andina em publicação do último domingo, 12. Agora, depois de séculos, essas estruturas estão sendo finalmente reveladas, e espera-se que sejam exploradas nos próximos meses.

Os responsáveis pela descoberta são os pesquisadores Jorge Calero Flores e Mildred Fernández Palomino, da Universidade Nacional de San Antonio Abad de Cusco (Unsaac), conforme repercute a Revista Galileu. Vale mencionar que Cusco, antes da colonização espanhola, era capital do Império Inca, e uma cidade de grande importância na região.

Descoberta

Na primeira etapa das buscas pelos túneis, os pesquisadores buscaram coletar o máximo de informações possíveis em textos históricos dos séculos 16 ao 19 que os mencionavam. Um relato bastante importante, por exemplo, data de 1594, sendo feito por um jesuíta espanhol, que escreveu que o túnel passava por debaixo das casas do bispo, pela Catedral de Cusco, além de informar onde ele começava e onde terminava, na cidadela de Sacsahuaman.

Após coletar estes dados, os pesquisadores realizaram provas de som no local, para avaliar se a ressonância do solo poderia indicar a existência de câmaras ocas, o que se mostrou um sucesso. Por fim, utilizaram de um radar de penetração, que permitiu mapear o labirinto subterrâneo, tanto em seu trecho principal quanto em outras três ramificações menores.

No entanto, mesmo com a descoberta impressionante, os arqueólogos ainda não puderam explorar os túneis, o que deve acontecer nos próximos meses. Durante a próxima fase do estudo, será possível analisar e tentar descobrir a finalidade do labirinto, e como ele foi construído.

"Agora temos que escavar em pontos-chave para podermos entrar na 'chincana' — talvez em março ou abril", prevê Mildred Fernández Palomino, em coletiva de imprensa. 

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