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Notícias / Astronomia

Nova descoberta desafia teorias sobre formação de sistemas planetários

Astrônomos encontram sistema solar com configuração única, abrindo novas possibilidades para a compreensão da formação planetária

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Éric Moreira Publicado em 16/01/2025, às 14h00

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Impressão artística de dois novos planetas descobertos - Reprodução/Universidade de Genebra
Impressão artística de dois novos planetas descobertos - Reprodução/Universidade de Genebra

Uma equipe internacional de astrônomos fez uma descoberta que promete reescrever os livros sobre formação planetária. Ao estudar o sistema estelar WASP-132, os pesquisadores identificaram uma configuração única e desafiadora.

Eles identificaram uma super-Terra orbitando muito próxima da estrela, um gigante gasoso semelhante a Júpiter em uma órbita mais distante e um planeta gigante gelado ainda mais afastado. Essa combinação inédita de planetas desafia as teorias existentes sobre como sistemas planetários se formam e evoluem. 

A presença de uma super-Terra tão próxima de um "Júpiter quente" — um gigante gasoso que orbita muito próximo de sua estrela — é particularmente intrigante. Até o momento, os astrônomos acreditavam que a migração de um Júpiter quente em direção à estrela seria capaz de ejetar outros planetas do sistema. No entanto, a descoberta no sistema WASP-132 sugere que existe um mecanismo mais suave de migração que permite a coexistência de todos esses planetas. 

"A detecção da super-Terra interna [próxima da estrela] foi emocionante, pois é particularmente raro encontrar planetas no interior de Júpiteres quentes. Realizamos uma campanha intensiva com instrumentos de última geração para caracterizar sua massa, densidade e composição, revelando um planeta com densidade semelhante à da Terra", explica David Armstrong, professor associado de física da Universidade de Warwick, em comunicado à imprensa.

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Os pesquisadores propõem que o Júpiter quente tenha migrado através de um disco protoplanetário, um disco de gás e poeira que circunda uma estrela jovem e é o local de formação dos planetas. Essa migração "fria" teria sido mais estável, permitindo que os outros planetas mantivessem suas órbitas. 

"O sistema WASP-132 é um laboratório notável para estudar a formação e evolução de sistemas multiplanetários", conclui François Bouchy, professor associado da Universidade de Genebra, na pesquisa. "A descoberta de um Júpiter quente ao lado de uma super-Terra interna e um gigante distante coloca em questão nossa compreensão da formação e evolução desses sistemas. Esta é a primeira vez que observamos tal configuração".

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