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Notícias / Gato

Fóssil do 'menor gato do mundo' é encontrado em caverna na China

O Prionailurus kurteni, que viveu há cerca de 30 mil anos, era tão pequeno que quase cabe na palma da mão, medindo entre 30 e 35 cm

Fabio Previdelli
por Fabio Previdelli
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Publicado em 16/01/2025, às 14h15

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Representação do menor gato do mundo - Jiangzuo et al/Annales Zoologici Fennici
Representação do menor gato do mundo - Jiangzuo et al/Annales Zoologici Fennici

Durante uma expedição no leste da China, na caverna de Hualongdong, pesquisadores encontraram um fragmento fossilizado da mandíbula inferior daquele que está sendo considerado como 'o menor gato do mundo'.

A análise do resto mortal confirmou que o animal viveu há cerca de 300 mil anos e trata-se de uma nova espécie: Prionailurus kurteni. Detalhes da descoberta foram publicados em estudo no periódico Annales Zoologici Fennici.

Conforme repercute a Galileu, o felino pertence ao gênero Prionailurus — que é a mesma família dos gatos selvagens, que atualmente vivem na África do Sul. Acredita-se que o Prionailurus kurteni era tão pequeno que quase caberia na palma da mão.

Prionailurus kurteni

Em termos comparativos, as duas menores espécies de gatos existentes são o gato-bravo-de-patas-negras (Felis nigripes) e o gato-ferrugem (Prionailurus rubiginosus), mas o Prionailurus kurteni é menor ou do mesmo tamanho que eles, medindo entre 30 e 35 centímetros. Já uma mão humana aberta tem em média 22 cm — contando do polegar ao dedo mínimo. 

Esse gato é claramente menor do que um gato doméstico. É comparável ao menor gato vivo, [com cerca de] 1 kg", apontou Qigao Jiangzuo, pesquisador do Instituto de Paleontologia de Vertebrados e Paleoantropologia da Academia Chinesa de Ciências, em entrevista ao Live Science.

"Planejamos fazer um levantamento sistemático dos fósseis de gatos na China e em todo o mundo, que não foram bem estudados no passado. Esperamos rastrear as origens e a diversidade passada da família dos gatos", prosseguiu Jiangzuo.

A mandíbula fossilizada do gato foi descoberta com dois dentes, cuja inclinação ajuda a conectar o gato-leopardo pré-histórico ao ancestral comum dos gatos domésticos e à espécie gato-de-pallas (Otocolobus manul).

A descoberta também se torna incomum pelo hábito dos gatos pré-históricos, que viviam sem abrigos na floresta; ou seja, em um local aberto onde seus ossos se degradam mais rapidamente — o que não aconteceu com o fóssil encontrado na caverna.

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