Nos últimos cinco anos, dois senadores americanos lutam para homenagear o combatente, que não recebeu a maior honraria do país em vida por conta da cor de sua pele
No lendário Dia D, o 320º Batalhão de Balões de Barragem desembarcava na Normandia para auxiliar no combate contra os alemães na Segunda Guerra. Essa era única unidade totalmente negra de soldados que estavam presentes naquele 6 de junho de 1944; entre eles, o médico Waverly Woodson Jr. — que morreu em 2005, aos 83 anos.
Ajudando centenas de combatentes feridos, Woodson exerceu um papel essencial na guerra. Por isso, desde 2015, os senadores Chris Van Hollen de Maryland e Pat Toomey da Pensilvânia lutam para homenagear o médico com a Medalha de Honra dos Estados Unidos, a maior honraria militar que existe no país.
A celebração póstuma é uma forma de manter viva a lembrança de Waverly, que salvou muitas vidas e trabalhou mesmo após ser ferido durante sua embarcação. “O cabo Waverly Woodson nunca recebeu a Medalha de Honra por sua notável coragem e bravura na Batalha da Normandia, onde salvou muitos de seus soldados, e foi negada a Medalha de Honra por causa da cor de sua pele”, declarou o senador Hollen.
Os políticos contaram com o apoio da viúva de Woodson, Joann Woodson, que hoje tem 91 anos. Na última terça-feira, dia 9, Hollen e Toomey conseguiram um documento que autoriza o presidente Trump a conceder a medalha para o combatente.
Agora resta esperar para que, após cinco anos, a tão sonhada homenagem finalmente vire realidade. Joann planeja doar o artefato em um futuro para o Museu Nacional de História e Cultura Afro-americana.