Moisés Brisolla passou oito meses vivendo sem salário e em condições trabalhistas abusadoras
Moisés Brisolla, um jogador de futebol de somente 20 anos, voltou ao Brasil após passar oito meses vivendo em condições de trabalho semelhantes à escravidão em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
O jovem chegou a Dubai em julho de 2022 para jogar no Al-Rams Club. No entanto, após sua chegada, foi dispensado da equipe devido a cãibras que sentia durante os treinos.
Desempregado, o jogador recebeu orientação de seu empresário para ficar na casa de um empresário brasileiro e trabalhar em uma fábrica de cosméticos. Durante o período de oito meses, Moisés trabalhou em condições semelhantes à escravidão, conforme informado por um relatório enviado pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul (CCDH RS) ao Itamaraty em março deste ano.
Sem receber salário e sem qualquer tipo de contrato de trabalho, o jovem trabalhava cerca de 15 horas por dia e teve seu celular confiscado. Ele conseguiu entrar em contato com um familiar, a quem pediu ajuda e que denunciou o caso à Comissão de Cidadania e Direitos Humanos.
O resgate de Moisés foi realizado pela CCDH do Rio Grande do Sul em colaboração com o Itamaraty. O jovem chegou ao Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, na última terça-feira, 30, e já prestou depoimento às autoridades, de acordo com o portal Terra.
Laura Sito foi procurada pela família de Moisés para auxiliar no resgate do jogador e no pagamento da multa migratória no valor de R$ 10 mil. As passagens foram providenciadas pelo Ministério das Relações Exteriores, que também denunciou os envolvidos no caso de Moisés à Polícia Federal.
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