Argenis Chávez abandonou seu posto no governo do estado de Barinas nesta terça-feira, 30
Nesta terça-feira, 30, o irmão mais velho do ex-presidente venezuelano Hugo Chávez, Argenis Chávez, renunciou ao governo de Barinas. Segundo o UOL, a decisão se deu depois que o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) decidiu pela repetição das últimas eleições, nas quais a oposição teria alegado vitória.
"Vou apresentar minha renúncia ao cargo de governador junto ao órgão competente, que é o conselho regional legislativo", narrou Argenis, em coletiva de imprensa, afirmando que busca "tornar mais expedido este processo de transição até as eleições".
Agora, segundo ordens da máxima corte da Venezuela, as eleições devem ser repetidas no dia 9 de janeiro. Na ocasião, Argenis, que tem 63 anos e representa o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), não deverá participar do pleito.
A mesma coisa acontecerá com o principal opositor de Chávez, o candidato Freddy Superlano. O político, no entanto, está impedido de disputar a eleição porque o TSJ afirmou que Superlano está inabilitado devido aos processos judiciais contra ele.
Diante das acusações de fraude, o TSJ afirmou, em seu portal, que as "projeções do Conselho Nacional Eleitoral" de fato apontam que 37,60% dos votos foram para Superlano, enquanto Argenis recebeu 37,21%. Ainda assim, o órgão pontuou que o opositor de Chávez estava em "condição de inegibilidade" na época das eleições.
No total, o PSUV elegeu 19 dos 23 governadores nas últimas eleições, em um processo questionado pela maioria da oposição — que, na época, retornou às urnas após sabotar as votações de 2018 e 2020, ambas denunciadas como “fraudulentas”.
Nesta terça-feira, mesmo dia em que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) oficializou a convocação para as novas eleições, Argenis reconheceu os resultados das urnas. Durante uma coletiva de imprensa em Caracas, na qual estava acompanhado por Juan Guaidó, Superlano, por sua vez, convocou manifestações para o próximo sábado, 4.
Ver essa foto no Instagram