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Notícias / Imane Khelif

Imane Khelif é uma lutadora trans? Comitê Olímpico responde

Comitê Olímpico da Argélia se pronunciou a respeito dos rumores sobre a boxeadora Imane Khelif e condenou difamação nas redes sociais

Redação Publicado em 01/08/2024, às 18h20 - Atualizado em 02/08/2024, às 19h39

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Imane Khelif - Getty Images
Imane Khelif - Getty Images

O Comitê Olímpico da Argélia (COA) se manifestou recentemente após circularem rumores de que a boxeadora argelina Imane Khelif seria trans. A declaração oficial ocorreu na véspera da luta de Khelif contra a italiana Angela Carini, nas Olimpíadas de Paris.

O COA negou categoricamente as alegações, acusando veículos de comunicação estrangeiros de difamação. "O COA condena veementemente a difamação e a perseguição antiéticas à nossa estimada atleta, Imane Khelif, com propaganda infundada de certos meios de comunicação estrangeiros", declarou a entidade à BBC.

Testes de Gênero

Entretanto, o COA não abordou as falhas nos testes de gênero que ocorreram no ano passado durante o mundial de boxe. O Comitê Olímpico Internacional (COI) apenas reafirmou que todos os atletas participantes dos Jogos Olímpicos estão em conformidade com as regras e normas determinadas.

Mark Adams, porta-voz do COI, desmentiu as alegações de que Khelif é uma mulher trans.

"Elas perderam e venceram contra outras mulheres através do tempo e precisamos deixar muito claro, isto não é uma questão transgênero. Sei que sabem disso, mas houve alguns erros de reportagem, é muito importante dizer que não é uma questão de transgêneros", disse ele. "Muitas mulheres podem ter testosteronas em níveis chamados de "masculinos" e ainda serem mulheres, ainda podem competir como mulheres – continuou. – Essa ideia que você faz um teste para testosterona e resolve tudo, não é o caso, acredito. Mas cada esporte precisa lidar com suas questões. Eles conhecem seus esportes e disciplinas melhor e precisam buscar e adequar seus testes. Mas acho que concordamos que não queremos voltar aos dias de batalha dos testes de sexo, que eram uma coisa horrível a se fazer". 

Desempenho na Luta

Durante a competição, Angela Carini, sua oponente italiana, comentou sobre a intensidade da luta. Segundo Carini, ela nunca havia recebido um soco tão forte. Aos 30 segundos do combate, se aproximou do treinador para ajustar o capacete, mas decidiu interromper a luta logo depois.

"Estou acostumada a sofrer. Nunca levei um soco assim, é impossível continuar. Não sou ninguém para dizer que é ilegal. Entrei no ringue para lutar. Mas não senti mais vontade depois do primeiro minuto. Comecei a sentir uma dor forte no nariz. Não desisti, mas um soco doeu demais, e então falei chega. Vou embora de cabeça erguida", afirmou Carini.

Carini também mencionou que não é contra a participação de Khelif na categoria feminina, mas que sua situação deve ser levada em consideração.

"Eu não perdi hoje, apenas fiz meu trabalho como lutadora. Entrei no ringue, lutei e não consegui. Saio de cabeça erguida e com o coração partido. Sou uma mulher madura. O ringue é a minha vida. Sempre fui muito instintiva. Quando sinto que algo não está certo, não é desistir, é ter a maturidade de parar", concluiu.