José Edilson da Silva era deficiente auditivo e estava desaparecido desde 30 de junho
José Edilson da Silva — deficiente auditivo e natural de Pernambuco —, de 29 anos, foi encontrado morto e com sinais de violência no mar de Itajaí, cidade do litoral norte de Santa Catarina.
A Polícia Civil de Santa Catarina investiga agora a morte da vítima, que estava desaparecida desde 30 de junho, quando saiu para ir à academia em Balneário Camboriú, cidade vizinha a Itajaí, e não foi mais visto.
A vítima foi avistada dentro da água na última quarta-feira, 6, por volta do meio-dia na região do Canto do Morcego, no costão da Praia Brava, por uma mulher que acompanhava seu marido na pesca de mariscos.
De acordo com a polícia, o corpo do homem — que estava sem roupas quando foi encontrado — "estava amarrado a uma pedra pelas genitais e tinha um corte na cabeça, indicando a prática do crime de homicídio."
O corpo de José Edilson foi identificado devido a uma tatuagem em seu antebraço, que era constatada em registro de desaparecimento informado desde a última sexta-feira, 1. A família logo foi ao Instituto Médico Legal (IML) e reconheceu o corpo.
Maria das Graças da Silva, irmã de José Edilson, que morava com ele na mesma casa, contou em entrevista ao UOL que estavam morando em Balneário Camboriú há cerca de 1 ano e 6 meses. Segundo o portal de notícias, Maria e José Edilson foram para Santa Catarina a fim de melhorar de vida.
No momento, o homem não estava trabalhando e, segundo a irmã, tinha como principal hobby a prática de atividades físicas, frequentando sempre a academia — para onde estava indo quando desapareceu — e era apreciador de ciclismo. Inclusive, a tatuagem em seu antebraço era de uma bicicleta.
Era um dia comum, ele saiu para ir para a academia próximo da roda gigante [ponto turístico de Balneário Camboriú], mas não chegou ao seu destino, nem voltou para casa. Não conseguimos entender o que aconteceu, ele era surdo-mudo, era como uma criança, puro, bondoso, não fazia mal a ninguém. Meu irmão não tinha inimigos, nada que justificasse essa crueldade", disse Maria.
A irmã da vítima ainda demonstrou revolta com o acontecimento e disse querer saber quem fez e o motivo. "Eu quero justiça", completou.
A Polícia Civil de Santa Catarina, por sua vez, confirmou abertura de inquérito para apurar a morte de José Edilson da Silva, mas ainda não informou muitos detalhes sobre a investigação.