A paciente em questão teria entre 35 e 45 anos de idade
Durante a Idade do Cobre, uma mulher sobreviveu a duas cirurgias cranianas, reveladas por análises em seu crânio. Descoberta no Camino del Molino, um local de sepultamento na Espanha, a mulher, de 35 a 45 anos, passou por trepanações — procedimentos cirúrgicos para expor a dura-máter.
Os cientistas identificaram dois orifícios, resultado de cirurgias separadas, realizadas com a técnica de raspagem, como destaca o portal Live Science.
"Isso envolve esfregar um instrumento lítico [de pedra] de superfície áspera contra a abóbada craniana, erodindo-a gradualmente ao longo de todas as suas bordas para criar o buraco", disse Sonia Díaz-Navarro. Autora principal do estudo, publicado no International Journal of Paleontology, ela é pesquisadora de pós-doutorado no Departamento de Pré-História da Universidade de Valladolid, na Espanha.
Para realizar essa cirurgia, o indivíduo afetado provavelmente teve que ser fortemente imobilizado por outros membros da comunidade ou previamente tratado com uma substância psicoativa que aliviaria a dor ou o deixaria inconsciente", disse a autora.
Surpreendentemente, a mulher parece ter sobrevivido às duas operações, evidenciadas pelo osso curado em seu crânio. Os pesquisadores acreditam que ela viveu vários meses após a segunda cirurgia.
Os pesquisadores não conhecem a razão exata para as cirurgias, mas consideram possíveis traumas como motivo. Trepanações pré-históricas na região temporal eram desafiadoras, mas a técnica de raspagem era mais segura, minimizando riscos de infecção.
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