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Notícias / Crime

Grupo quer que crime determinado como 'bruxaria' há 52 anos seja reaberto

Grupo pede justiça para assassinato da jovem Jeannette Depalma, que foi encontrada morta em 1972 em circunstâncias misteriosas

Redação Publicado em 07/10/2024, às 13h00

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A jovem Jeannette Depalma - Arquivo pessoal
A jovem Jeannette Depalma - Arquivo pessoal

O misterioso assassinato de uma adolescente ocorrido há mais de meio século voltou a ganhar destaque enquanto um grupo exige justiça para o caso, outrora sensacionalizado como um ato de "feitiçaria".

Jeannette DePalma, de 16 anos, desapareceu por seis semanas antes de seu corpo ser encontrado em 1972 em uma pedreira na cidade de Springfield, Nova Jersey, a cerca de uma hora de Nova York.

O corpo de Jeannette foi descoberto virado para baixo, sem o colar com crucifixo que costumava usar, após um cão ter retornado com o braço da jovem, já em estado de decomposição, arrancado do corpo.

O assassino nunca foi identificado. Agora, o enigma é tema da série "Out There: Crimes Sobrenaturais", da plataforma Disney+, que explora oito casos reais de crimes possivelmente ligados ao sobrenatural.

Décadas após o ocorrido, a causa da morte de DePalma permanece inconclusa. O grupo "Justice for Jeannette" ("Justiça para Jeannette"), que busca manter viva a memória da jovem e obter respostas sobre sua morte, critica as autoridades policiais pela condução do caso desde a cena do crime.

Ed Salzano, co-fundador do grupo ao lado de Holly Zuelle, declarou ao The U.S. Sun que a investigação inicial foi apressada e mal conduzida.

O relatório policial mencionava pedras dispostas de maneira peculiar ao redor da cabeça da vítima, contudo, fotos editadas do local não corroboram tal descrição.

"No relatório do legista, diz que havia pedras ao redor da cabeça dela, mas se você olhar as fotos, não há pedras ao redor da cabeça dela!", disse Salzano ao The Sun.

Devido ao avançado estado de decomposição do corpo, não foi possível realizar uma autópsia completa e a morte foi classificada como "suspeita" em vez de homicídio.

A descoberta

Jeannette saiu de casa em 7 de agosto de 1972 para encontrar amigos e seu desaparecimento foi reportado à polícia no dia seguinte. Seu corpo foi descoberto no topo de um penhasco em 19 de setembro daquele ano.

O retorno do cachorro com o braço da jovem levanta suspeitas sobre a versão oficial dos acontecimentos; fotografias da cena sugerem que o ambiente estava intacto.

Rumores envolvendo feitiçaria cercaram a tragédia na pequena Springfield logo após o ocorrido. Manchetes locais se referiam ao caso como uma morte ligada à bruxaria e mencionavam cruzes de madeira próximas ao corpo da adolescente.

Especulações sobre rituais ocultistas ganharam força após a descoberta do livro "Bíblia Satânica" entre os pertences da jovem. Entretanto, o grupo argumenta que a jovem pode ter sido alvo devido à sua fé religiosa.

Ed Salzano e Holly Zuelle continuam empenhados na busca por respostas e tentam exumar o corpo para novas investigações. Documentos policiais mostraram que uma bolsa pertencente à vítima foi retirada do local, mas, jamais incluída nos registros oficiais.

"Sabemos quem fez isso, mas não podemos provar a menos que as evidências sejam testadas e seu corpo seja exumado", afirma a petição online criada pelo grupo.

Um dos policiais responsáveis pela descoberta do corpo, agora aposentado, afirmou à produção da série documental que as respostas podem jamais ser encontradas devido à falta de evidências concretas deixadas na cena.

Salzano sugere que há um encobrimento persistente sobre os eventos daquele dia fatídico. "Há algo muito sinistro aqui", afirmou ele. "Para que isso tenha sido tão encoberto... ninguém nunca fez nada a respeito."

O grupo enfrenta um impasse com as autoridades locais na tentativa de reabrir o caso e buscar justiça para Jeannette DePalma.