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Matérias / Maníaco do Parque

A relação do Maníaco do Parque com os familiares: 'Sem resposta'

Escritora que entrevistou Francisco de Assis revela detalhes sobre a relação complexa entre o criminoso e seus familiares

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 21/10/2024, às 21h00

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Francisco de Assis, o 'Maníaco do Parque' - Reprodução/Vídeo/YouTube/Brasil Urgente
Francisco de Assis, o 'Maníaco do Parque' - Reprodução/Vídeo/YouTube/Brasil Urgente

Na última sexta-feira, 18, estreou no Prime Video um dos filmes mais aguardados do ano: 'O Maníaco do Parque'. O longa revisita um dos casos mais chocantes da história criminal brasileira, onde Francisco de Assis Pereira, um motoboy, cometeu uma série de assassinatos em série de mulheres no Parque do Estado, em São Paulo.

Francisco foi preso em 1998 após diversos assassinatos que aterrorizaram a capital paulista. Suas vítimas, mulheres, eram atraídas para locais isolados do parque, onde eram brutalmente assassinadas. O maníaco utilizava de diversas artimanhas para conquistar a confiança de suas vítimas, como prometer trabalhos como modelos ou oferecer caronas.

A polícia conseguiu prendê-lo após uma intensa caçada, e o homem confessou ter assassinado 11 mulheres, embora tenha sido julgado e condenado por apenas sete crimes. O Maníaco do Parque segue preso e poderá deixar a prisão a partir de agosto de 2028.

Relação com a família

A história do assassino é revivida pela escritora Simone Lopes Bravo, que convida o leitor a uma profunda reflexão sobre a natureza humana em seu livro, 'Maníaco do Parque - A Loucura Lúcida'. A obra, que vai além da biografia do serial killer, explora a complexidade da mente de um psicopata.

+ Maníaco do Parque se arrepende dos crimes? Escritora se aprofunda no tema

Em entrevista ao Aventuras na História, a escritora, que teve acesso ao assassino durante sua pesquisa para o livro, revelou detalhes inéditos sobre a relação do serial killer com seus familiares.

Ela conta que, durante suas visitas a Francisco de Assis na prisão, ele demonstrou um certo interesse em se reconectar com a família. No entanto, a relação entre eles sempre foi marcada por uma grande distância.

"Eu posso até falar que, logo na primeira visita, ele, como não sabia dos familiares, me pediu para entrar em contato com eles. Eu dei meu endereço, coloquei meu número de telefone e depois de uma semana, a mãe estava entrando em contato comigo".

A família de Francisco, segundo a escritora, vive em condições financeiras muito difíceis e mora em uma zona rural. "Eu já encontrei com ela algumas vezes pessoalmente e nós temos contato, é uma família pobre, com dificuldades financeiras, porque eles também moram em uma zona rural, eles também sofreram muito".

A ausência de contato durante anos, gerou frustração. Ele expressou o desejo de receber, pelo menos, uma carta da família durante todos esses anos, mas esse pedido nunca foi atendido.

"O que ele me disse é que não está chateado com a família, mas que a família poderia ter dito alguma coisa. Esses 10 anos ele ficou sem resposta nenhuma, pelo menos uma carta poderia ter vindo".

A escritora também destaca que as visitas da família à prisão são limitadas pelas regras do presídio. "Cada detento só pode ter duas pessoas no hall de visitas. Eu teria que sair e ele não queria que eu saísse".