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Notícias / Segunda Guerra

Morre, aos 107 anos, codificador Navajo que ajudou os EUA na 2ª Guerra

John Kinsel foi um dos 400 membros da nação indígena Navajo que criaram código para comunicação segura dos militares na Segunda Guerra; saiba mais!

Fabio Previdelli
por Fabio Previdelli
[email protected]

Publicado em 21/10/2024, às 10h00 - Atualizado às 18h54

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John Kinsel, codificador Navajo da 2ª Guerra - Getty Images
John Kinsel, codificador Navajo da 2ª Guerra - Getty Images

Morreu neste fim de semana um dos últimos codificadores Navajo que ajudou os Estados Unidos e os Aliados a vencerem a Segunda Guerra Mundial. John Kinsel tinha 107 anos e faleceu no último sábado, 19, conforme informaram as autoridades do país. 

Kinsel, morador de longa data de Lukachakai, Arizona, perto da divisa do estado do Novo México, foi um dos 400 membros da nação indígena Navajo que usaram sua língua nativa, chamada de Dine, para ajudar a criar um código que permitiu os militares norte-americanos a se comunicarem com segurança durante o conflito

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Segundo recorda o The Guardian, os inimigos dos Estados Unidos nunca foram capazes de quebrar os códigos antes da derrota do Eixo. Agora restaram apenas dois codificadores Navajo vivos: seus colegas fuzileiros navais dos EUA Thomas Begay e Peter MacDonald, ambos na faixa dos 90 anos.

O passado de Kinsel

John Kinsel se alistou para fazer parte dos fuzileiros navais dos Estados Unidos em 1942 e serviu o nono regimento e terceira divisão durante a batalha de Iwo Jima contra o Japão

O Código Navajo teve papel fundamental em garantir a segurança das operações norte-americanas em campanhas como Iwo Jima, Guadalcanal e Okinawa.

O projeto sobre os codificadores Navajo só foi desclassificado pelo governo em 1968, o que permitiu que Kinsel e os demais indígenas Navajo fossem publicamente reconhecidos por suas contribuições à vitória contra o Japão e as outras potências do Eixo.

"Além de seu legado de guerreiro, [Kinsel] também era um orgulhoso homem navajo que manteve os valores de sua herança enquanto servia seu país com distinção", disse a porta-voz da nação, Crystalyne Curley, em comunicado à imprensa, repercute o Guardian. 

Que seu espírito descanse em paz e que sua memória continue a inspirar as gerações futuras."