Sentindo fortes dores abdominais e preocupada com o crescimento do bebê, a mulher foi ao médico e recebeu a terrível notícia
Logo nas primeiras semanas de sua gestação, uma moradora de Diadema, município de São Paulo, percebeu que sua barriga não estava crescendo. Meses mais tarde, ela descobriu que o motivo era muito mais insólito do que imaginava.
Em suas consultas iniciais, a mulher se queixava tanto sobre o tamanho da barriga, quanto sobre a falta de movimento do bebê. Segundo seu médico, contudo, o quadro era normal, já que a barriga da gestante contava com pouco líquido amniótico.
Quando atingiu os sete meses de gravidez, entretanto, a mulher sentiu fortes dores abdominais, somadas à um sangramento intenso. De volta ao hospital, ela soube que seu bebê estava bem e recebeu uma pomada que prometia parar com a hemorragia.
Foi apenas quando nenhum dos sintomas melhorou que a gestante exigiu mais exames. Nessa hora, descobriu-se, através de uma ultrassonografia, que o feto na barriga da mulher já estava morto há 22 semanas, ou cinco meses.
Morto desde a décima semana de gestação, o feto foi retirado do útero da mulher e, em seguida, foi jogado em um aterro sanitário. Indignada, a ex-gestante entrou na justiça, já que, sem a certidão de óbito do filho que nem nasceu, ela não pôde enterrá-lo.
Pelo erro médico e pela negligência durante o período pré-natal, o Poder Público deverá pagar R$150 mil de indenização para a mulher. Após a decisão, o município de Diadema tentou recorrer, mas a 12ª Câmara de Direito Público do TJ/SP manteve a sentença.