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Notícias / Pré-História

Um terço das mulheres europeias são mais férteis por herdar gene neandertal, revela estudo

Com mais de 244 mil amostras de DNA feminino, os pesquisadores alemães puderam concluir maior facilidade nos partos e menos riscos durante a gestação

Wallacy Ferrari Publicado em 04/06/2020, às 13h00

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Pintura representando uma família Neandertal - Divulgação
Pintura representando uma família Neandertal - Divulgação

Um novo estudo realizado por cientistas do Instituto Max-Planck-Gesellchaft em parceria com o Karolinska Institutet revela que um terço das mulheres europeias herdou o receptor da progesterona presente no DNA neandertal feminino. Essa conclusão acrescenta que as pessoas presentes nesse grupo possuem maior fertilidade, além de menos riscos de abortos espontâneos e dores no trabalho de parto.

Com uma extensa análise de um biobanco, contando com mais de 450 mil amostras, os pesquisadores puderam analisar o DNA de mais de 244 mil mulheres. 29% apresentou uma cópia do receptor neandertal e 3% apresentou duas cópias, com o uma proporção 10 vezes maior do que a maioria das variantes genéticas neandertais já comparadas anteriormente.

Gráfico mostra cenário de cruzamento entre humanos modernos e neandertais / Crédito: Max-Planck-Gesellchaft

Os fatores identificados com relação ao aumento de progestosterona também reduz o risco de sangramentos durante o período de gestação, relacionando a facilidade dos neandertais na fertilidade com os efeitos favoráveis desse grupo de mulheres europeias.

Na pesquisa, publicada na revista Molecular Biology and Evolution, o pesquisador Hugo Zeberg explica a relação da função no gestação: “O receptor de progesterona é um exemplo de como variantes genéticas favoráveis ​​que foram introduzidas em humanos modernos pela mistura com os neandertais podem ter efeitos nas pessoas que vivem hoje”.