Pesquisadores afirmam que essas são as mais antigas pegadas fósseis encontradas na região até hoje, datando de 313 milhões de anos
De acordo com um comunicado à imprensa do Serviço Nacional de Parques, Allan Krill, um professor geólogo da Noruega, afirma que durante sua visita ao Grand Canyon com um grupo de estudantes em 2016, enquanto estava caminhando ao longo de uma trilha encontrou inesperadamente uma pedra caída que continha marcas de pegadas fósseis. Os resultados da pesquisa foram publicados na última quarta-feira, 19, pela revista PLOS One.
Ao achar a pedra com as marcações, caída ali depois de um desabamento de um penhasco, Krill decidiu registrar o achado com fotos e contatar seu colega, Stephen Rowland, paleontólogo da Universidade de Nevada em Las Vegas, para investigação. Após uma profunda pesquisa, Rowland afirmou que a descoberta era "de longe a trilha de vertebrados mais antiga do Grand Canyon".
"Eles estão entre os rastros mais antigos da Terra de animais que botam ovos com casca, como répteis, e a mais antiga evidência de animais vertebrados caminhando em dunas de areia." acrescentou ele, entusiasmado com a descoberta. Os pesquisadores disseram que os fósseis apresentam dois animais que caminharam em momentos diferentes ao longo da encosta de uma duna de areia.
Uma das características mais notáveis foi o que eles chamam de "caminhada de sequência lateral", uma espécie de marcha distinta dos antigos tetrápodes. Mais especificamente, essa marcha aparece quando as pernas de um lado do animal se movem em sucessão, seguindo uma ordem com as pernas de trás e depois a anterior, alternando com o lado oposto.
“As espécies vivas de tetrápodes - cães e gatos, por exemplo - usam rotineiramente uma marcha de sequência lateral quando caminham devagar”, disse Rowland, e ainda complementou: "As trilhas da trilha Bright Angel documentam o uso dessa marcha muito no início da história dos animais vertebrados. Antes, não tínhamos informações sobre isso".