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Notícias / Estados Unidos

Fósseis extraídos no Ceará estão à venda nos Estados Unidos por até R$ 22 mil

Em loja virtual dos Estados Unidos, fósseis da Chapada do Araripe no Ceará estão sendo anunciados por até R$ 22 mil

Redação Publicado em 27/08/2024, às 16h00

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Fóssil de uma libélula encontrado no Ceará - Reprodução/USP Imagens
Fóssil de uma libélula encontrado no Ceará - Reprodução/USP Imagens

Fósseis de cigarras e libélulas, achados na Chapada do Araripe, no sul do Ceará, estão sendo comercializados ilegalmente em uma loja virtual dos Estados Unidos por valores que chegam a R$ 21 mil, de acordo com uma denúncia recente. Juan Carlos Cisneros, doutor em Geociências e professor da Universidade Federal do Piauí (UFPI), denunciou a prática ao Ministério Público Federal (MPF) em janeiro de 2023.

Os fósseis, que incluem insetos e plantas de pequeno porte, são retirados clandestinamente do Brasil e vendidos no exterior, onde o comércio é permitido. Renan Bantim, paleontólogo e professor da Universidade Regional do Cariri, ressalta que a comercialização de fósseis no Brasil é proibida desde 1942, mas essa prática continua devido à facilidade de transporte desses itens.

A Polícia Federal, que investiga o tráfico de fósseis na região, enfrentou dificuldades em combater o crime, especialmente o tráfico internacional, que envolve métodos sofisticados de ocultação dos fósseis em pedras semipreciosas.

Entre 2011 e 2020, a PF instaurou 25 inquéritos sobre o tráfico na Chapada do Araripe. Apesar das operações recentes que reduziram o tráfico local, o comércio internacional continua a representar um grande desafio.

O tráfico

Segundo o G1, os fósseis retirados ilegalmente do Brasil são destinados principalmente ao mercado europeu, com o Porto de Santos, em São Paulo, sendo o principal ponto de saída. Na Europa, esses fósseis são utilizados em pesquisas científicas, coleções particulares e leilões, contribuindo para um comércio ilegal que ameaça o patrimônio natural brasileiro.

A lei brasileira estipula penas severas para o tráfico de fósseis, mas a prática continua, impulsionada pela alta demanda e os elevados valores de venda no exterior.