‘Não sabe o que fazer? Pergunte aos filósofos!’, de Marie Robert, apresenta ensinamentos de pensadores antigos e mescla a situações atuais
Recém-lançada no Brasil pela Editora Planeta, a obra ‘Não sabe o que fazer? Pergunte aos filósofos!’, de Marie Robert, coordenadora acadêmica do Lycée International Montessori, aborda 12 dilemas que causam frustrações nos seres humanos. Por outro lado, mostra soluções mais simples do que se imagina.
Criadora do podcast ‘Philosophy Is Sexy’, Marie Robert é uma professora e filósofa francesa, que busca estudar conceitos filosóficos como soluções das mais diversas situações cotidianas.
Neste ilustre best-seller francês, a autora discute de forma irreverente e simplificada formas de resolver problemas cotidianos, que fogem do controle e podem gerar frustrações. Diante de assuntos contemporâneos, a pensadora utiliza ensinamentos de filósofos antigos para resolver situações presentes.
No decorrer da obra, os leitores irão se deparar, por exemplo, com ensinamentos de Nietzschesobre como superar a angústia e o medo de falhar em uma determinada situação.
Para quem se interessou pelo tema, o livro ‘Não sabe o que fazer? Pergunte aos filósofos!’, encontra-se disponível na Amazon em formato Kindle e capa comum.
Depois de quatro horas andando pelos corredores de uma loja de departamentos, tomada por um forte sentimento de impotência, eu me vi ali, no meio de um monte de caixas, em lágrimas, pronta para estapear a primeira pessoa que passasse falando sobre estantes. Mesmo assim, a lista de compras já estava pronta e eu conhecia o catálogo da loja como a palma da minha mão. Minha mente metódica estava ativada, pronta para demonstrar sua eficiência. Mas isso não era suficiente. Completamente perdida, traída pela minha razão, eu estava em estado de crise. Eu não sabia mais o que fazer. Decidi então rever todas as coisas que, na minha vida, me acalmavam e me ajudavam a me sentir melhor. Pensei em me deitar em uma das camas ali mesmo ou talvez pegar uma garrafa de vodca. Mas, depois de alguns minutos de hesitação, procurei um remédio melhor. E foi assim que me veio à mente a figura de Spinoza, um dos meus pensadores favoritos. Sentada em um canto da loja, imaginei que meu querido filósofo se aproximava de mim para me servir um cappuccino e dizer algumas palavras reconfortantes. Parei de chorar, agarrei-me aos seus conceitos. Consegui voltar atrás e controlar minhas emoções. De repente, percebi que sua filosofia tinha acabado de salvar a minha tarde.