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Notícias / O Sequestro do Papa

O Sequestro do Papa: Destaque da semana, filme te prende do começo ao fim

Em O Sequestro do Papa, o público revive o inacreditável caso Edgardo Mortara; aos seis anos, ele foi retirado dos braços dos pais pela Igreja Católica

Redação Publicado em 18/07/2024, às 11h48 - Atualizado às 17h15

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Cena do filme "O Sequestro do Papa" - Divulgação
Cena do filme "O Sequestro do Papa" - Divulgação

Nesta quinta-feira, 18, as telas dos cinemas brasileiros recebem "O Sequestro do Papa", uma obra dirigida por Marco Bellocchio que traz à tona a extraordinária história de Edgardo Mortara.

O filme desdobra a realidade de quando Mortara, aos seis anos, foi tirado de sua família em Bolonha e entregue aos cuidados da Igreja, culminando na sua ordenação como padre.

Este caso peculiar, embora pareça saído de uma obra de ficção, é fundamentado em eventos autênticos. O rapto de Edgardo Mortara, um menino judeu, se inscreveu nos anais da história como um dos momentos mais polêmicos e está detalhado na obra "O Sequestro de Edgardo Mortara", escrita por David I. Kertzer.

A história!

Ocorrido entre 23 e 24 de junho de 1858, o caso abalou profundamente a comunidade de Bolonha, destacando-se pela inacreditável reviravolta em que Edgardo foi batizado secretamente por uma empregada da família quando tinha apenas quatro meses. Sob a ótica da Igreja, isso o tornava católico, apesar de vir de uma família judia que vivia sua fé discretamente em meio a uma comunidade restrita de aproximadamente 200 judeus.

Marco Bellocchio compartilhou percepções sobre sua motivação e as bases históricas que moldaram o filme em uma entrevista ao Festival de Cannes. "Nosso filme se apoia não apenas na obra de Vittorio Messori mas também nos estudos de Daniele Scalise e David Kertzer", explicou Bellocchio. Ele enfatizou o compromisso da produção em ancorar-se em fatos antes de explorar os interstícios deixados pela história.

Obra política?

O diretor também esclareceu que "O Sequestro do Papa" não deve ser visto como uma peça política. Apesar das complexidades e do intenso debate sobre se Edgardo deveria retornar à sua família ou permanecer sob a tutela da Igreja, Bellocchio vê a trajetória de Edgardo como uma fonte de inspiração, e não como um meio para criticar ou apoiar qualquer posição política ou religiosa.

A estreia de "O Sequestro do Papa" é capaz de reacender discussões sobre fé, identidade e liberdade, oferecendo ao público uma janela para um momento ímpar da história. Através da lente sensível e criativa de Marco Bellocchio, espectadores são convidados a refletir sobre como os valores e decisões do passado ecoam até os nossos dias.