O crime ocorreu durante a comemoração do aniversário de 50 anos do homem filiado ao PT
Uma festa de aniversário terminou na morte do aniversariante em Foz do Iguaçu no último sábado, 9. Filiado ao PT e guarda municipal, Marcelo Arruda foi morto pelo bolsonarista e agente penitenciário Jorge José da Rocha Guaranho, que invadiu sua festa que tinha como tema o Partido dos Trabalhadores.
Ao invadir o aniversário, Jorge José da Rocha Guaranho atirou três vezes contra Marcelo, que revidou os tiros contra o invasor. O homem que perdeu a vida durante o aniversário deixa uma mulher e quatro filhos.
Em relato ao O Globo, o filho de Marcelo, o jovem Leonardo, relembrou os momentos de pânico vividos. Ele disse que ninguém conhecia o invasor e que 'parecia que ia matar todo mundo'.
"O bolsonarista apareceu do nada. Ninguém conhecia ele. Ele gritava que ia matar todos os petistas, gritava palavras de ordem e ‘“aqui é Bolsonaro”. Ele chegou a apontar a arma pela primeira vez para o meu pai. A esposa dele tentou evitar que ele fizesse um primeiro disparo. Ele prometeu que ele ia voltar, e ele voltou logo depois já atirando. Ele acertou três tiros no meu pai. Pelo ódio dele, parecia que ia matar todo mundo. Mas meu pai conseguiu evitar o pior, antes de morrer", explicou ele ao veículo de notícias.
Ele descreveu o clima do aniversário antes da invasão e lamentou que episódios como esse ocorram.
"O ambiente estava maravilhoso. O tema era sobre o PT, partido que ele se identifica, que ele gosta. Nós vivemos num país democrático e devia ser assim. Uma pessoa não pode morrer por causa de uma questão política. Eu penso o seguinte: fez a festa do PT, Lula, que haja respeito. Se outra pessoa faz um aniversário com tema Bolsonaro, que respeite também. Não precisa ir num aniversário do rival e matar ele. Cada um comemora do jeito que quiser. A gente estava numa associação, num ambiente tranquilo", continuou Leonardo.
Ele também disse que a pessoa estava tomada pelo ódio e que a família se encontra apavorada.
"A pessoa estava tomada pelo ódio. Não pensa na família dele, nem na minha. Ele matou enquanto gritava aqui é Bolsonaro, aqui é mito. Estamos todos muito apavorados", disse ele ao veículo.