Relatos de pressão psicológica e racismo mobilizaram os monarcas — que ainda não conseguiram se mobilizar
Membros do alto escalão da Família Real Britânica fizeram uma reunião emergencial para discutir caminhos. O objetivo é controlar a crise pública gerada após a entrevista de Meghan Markle e seu marido, príncipe Harry, à apresentadora norte-americana Oprah Winfrey. A informação foi divulgada pelo jornal britânico BBC.
Na entrevista, o casal explicou a repressão da monarquia pela cerimônia alternativa, episódios de racismo e situações onde a saúde mental foi posta em prova pelos rígidos protocolos reais somados aos assédios da imprensa. Desde então, nenhum dos monarcas citados na entrevista comentaram o caso.
No dia seguinte da transmissão, Oprah amenizou o abalo estrutural da hierarquia ao revelar que, nos bastidores, soube os autores dos comentários racistas direcionados a Meghan e o filho Archie, mas acrescentou que não partiram da rainha Elizabeth II, nem do marido, Philip, o duque de Edimburgo.
Em nota publicada no dia 19 de fevereiro, o Palácio de Buckingham informou que Harry e Meghan não retornariam a Família Real. "Embora todos estejam tristes por sua decisão, o duque e a duquesa continuam sendo membros muito queridos da família", explicou em nota.
Após uma conversa com a Rainha Elizabeth II, foi decidido que alguns títulos honorários serão devolvidos à realeza britânica. As antigas nomeações e patrocínios de Harry e Meghan devem retornar para a rainha, que terá a responsabilidade de remanejar as antigas funções sociais do casal para membros ativos da Família Real.